Autoimagem genital pós parto vaginal e cesariana
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Data
2021-05-21Primeiro membro da banca
Costenaro, Regina Gema Santini
Segundo membro da banca
Pivetta, Hedioneia Maria Foletto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Durante o período gestacional o corpo passa por inúmeras mudanças, físicas e hormonais, as quais somadas ao nascimento do bebê, bem como ao aleitamento materno e ao aspecto emocional envolvido no puerpério, implicam em grandes repercussões na vida da mulher, como na autoimagem genital. Tendo em vista a importância destes aspectos para uma melhor qualidade de vida, o conhecimento profissional é fundamental, de modo que se possa orientar e conduzir o tratamento destas mulheres, pensando sempre em sua integralidade e satisfação. O objetivo desta pesquisa foi comparar a autoimagem genital em mulheres após parto e após cesariana. Para tal, foi realizado um estudo transversal, de delineamento observacional, em que foram avaliadas 29 mulheres (13 após parto e 16 após cesariana), maiores de 18 anos, no terceiro mês após o nascimento do bebê. Realizou-se a busca ativa das mulheres nas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Santa Maria, seguido do contato telefônico com as mesmas a fim de convidá-las a participar do estudo e sanar eventuais dúvidas. Mediante concordância foi enviado o link para acesso ao questionário. Utilizou-se uma ficha de identificação, com dados ginecológicos e obstétricos da mãe, bem como informações sobre o bebê e o nascimento e o Female Genital Self-Image Scale (FGSIS), a fim de avaliar a autoimagem genital. As variáveis categóricas foram analisadas de forma descritiva por meio de frequência simples e porcentagens e as numéricas por medidas de posição e dispersão. Os dados foram considerados com distribuição não-paramétrica através do teste de Shapiro Wilk. Dessa forma, foi utilizado o Teste U de Mann Whitney e o teste de Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Em todos os testes, adotou-se p<0,05. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS 22.0. Não houve diferença na autoimagem genital dos grupos na avaliação pelo escore total do FGSIS, no entanto, foi identificada distinção no resultado do item “conforto ao deixar um profissional da saúde examinar seus genitais”, com resultado inferior para o grupo pós-parto. Não é possível inferir sobre a superioridade do benefício de uma das vias de nascimento em relação à autoimagem genital, devido à baixa amostragem do estudo. No entanto, é possível relacionar os achados desta pesquisa com as intervenções obstétricas que pairam no cenário atual e tornam o atendimento impessoal e desrespeitoso.
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