Síndrome de Down e currículo funcional: transformando "dever" em prazer
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Data
2004Autor
Leitão, Cristine Lorentz de Carvalho
Metadata
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Este trabalho apresenta uma pesquisa-ação com um jovem com Síndrome
de Down, que convivendo com outros jovens, também com Síndrome de Down,
busca sua inserção nos mais diferentes ambientes sociais. A escolha do sujeito
dessa pesquisa deu-se em função das dificuldades encontradas na adaptação do
mesmo, no convívio de mais de dois anos com esse “jovem” , através de encontros
diários, em grupo. Em turno oposto, aconteciam mais três atendimentos individuais
na semana. Para a realização dessa pesquisa usou-se o Currículo Funcional como
suporte no processo, tanto pedagógico como social. Partiu-se das relações com os
familiares e colegas para proporcionar ambientes que estimulassem a
aprendizagem significativa, tornando as atividades mais agradáveis e desafiadoras.
O Currículo Funcional facilitou o desenvolvimento de habilidades essenciais e a
participação desse jovem, muitas vezes parcial, em ambientes naturais
integradores. Desta forma, as habilidades funcionais são aquelas exigidas,
principalmente, no ambiente doméstico e, também, na vida social, que, se não
cumpridas de forma autônoma, alguém terá que auxilia-lo na execução, ou até
mesmo, realizá-las. Elas compreendem o desempenho das atividades diárias que
são exigidas durante toda a vida, que vão desde ações de higiene pessoal, atar o
cadarço de seu sapato, até mesmo adoçar seu suco e arrumar seu lanche. No
Currículo Funcional é muito importante que os ambientes proporcionem satisfação,
confiança, aumentando sua auto-estima e percebendo-se parte integrante do grupo.
Com esta pesquisa, percebeu-se que, independente da idade e do tempo em que
uma pessoa fique parcial ou totalmente excluído dos ambientes relativos à sua faixa
etária, sempre é possível conquistar uma vida mais adequada à cultura presente na
nossa sociedade. Assim, é preciso investir no desenvolvimento, seja
individualmente, ou em grupos. Mesmo em ritmo lento, o processo evolutivo é
constante, desde que trabalhado com coerência, persistência e, principalmente,
acreditando nas potencialidades dos educandos.
Coleções
- Educação Especial [20]