Caracterização patológica da candidíase em animais
Fecha
2022-02-23Primeiro membro da banca
Fernandes, Cristina Gevehr
Segundo membro da banca
Galiza, Glauco José Nogueira de
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A candidíase, em sua forma superficial ou invasiva, é a doença fúngica mais comum de
humanos e está entre as mais diagnosticadas em animais. Apesar disso, há uma lacuna na
literatura de estudos sistemáticos que abordem as características dessa infecção em animais e
ainda ofereçam alternativas diagnósticas em tecidos parafinizados. Dessa forma, este estudo
tem como objetivo caracterizar 56 casos de candidíase em mamíferos domésticos e aves,
provenientes de 32 anos da rotina diagnóstica do Laboratório de Patologia Veterinária (LPV)
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A avaliação deste conjunto de casos resultou
na elaboração de dois artigos científicos que compõem esta dissertação. O primeiro artigo
(Artigo 1), aborda os 56 casos de candidíase diagnosticados, onde foram caracterizadas os
principais fatores predisponentes, alterações macroscópicas e histopatológicas. Dos 56 casos, o
maior número de casos foi em aves (23/56; 41,1%), seguido de cães (22/56; 39,3%), gatos
(4/56; 7,1%), suínos (3/56; 5,4%), bovinos (2/56; 3,6%) e ovinos (2/56; 3,6%). Dentre os
sistemas orgânicos, o sistema alimentar (35/56; 62,5%) e o tegumentar (15/56; 26,8%) foram
os mais afetados. Pode-se observar a candidíase associada principalmente a doenças virais em
cães e gatos. Nas aves, pelo grande número de casos não apresentarem doenças concomitantes,
a candidíase foi relacionada com outros fatores predisponentes. Na macroscopia, ficou evidente
que a candidíase é uma doença de difícil reconhecimento, pois na maioria dos casos em todas
as espécies, as lesões macroscópicas estavam relacionadas às doenças concomitantes ou não
eram específicas dessa infecção. Histologicamente, foi possível caracterizar e quantificar as
formas morfológicas do agente (levedura, pseudo-hifa e hifa) relacionadas aos diferentes
diagnósticos morfológicos encontrados. O segundo artigo (Artigo 2), é um relato de caso de
uma infecção disseminada por Candida albicans em um gato. Esse caso foi abordado
separadamente por ser incomum e haver poucos relatos dessa condição em felinos. O animal
tinha história clínica de uso de corticoides e antibióticos. Na necropsia foi diagnosticado com
pancreatite crônica e em órgãos da cavidade abdominal e torácica foram encontradas áreas
extensas e, por vezes, nodulares de material amarelado, opaco e friável. Na histopatologia foi
observada inflamação necrossupurativa ou piogranulomatosa associada a leveduras, pseudohifas
e hifas no omento, serosa intestinal, rim, fígado, pulmão, coração e encéfalo. Nos dois
artigos, técnicas histoquímicas como ácido periódico de Schiff (PAS) e impregnação pela prata
de Grocott (GMS) foram usadas para melhor visualização do agente intralesional e, no Artigo
1, essas auxiliaram na quantificação do mesmo. Além disso, a utilização da técnica de imunohistoquímica
com anticorpo monoclonal anti-Candida albicans para confirmação da etiologia
foi um aspecto diferencial importante nos dois artigos científicos.
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