Avaliação morfológica e imuno-histoquímica de carcinomas de células escamosas cutâneos em cães e gatos
Fecha
2022-02-23Primeiro membro da banca
Ramos, Adriano Tony
Segundo membro da banca
Fernandes, Cristina Gevehr
Terceiro membro da banca
Pierezan, Felipe
Quarto membro da banca
Trost, Maria Elisa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta tese de doutorado foi dividida em três partes, resultando em três artigos científicos. O primeiro artigo constituiu em investigar a presença de lesões indicativas de etiologia solar ou viral em carcinomas de células escamosas (CCEs) cutâneos de cães e gatos, relacioná-las com a expressão das proteínas p53 e p16 e avaliar o grau de pigmentação intraepidérmico. Foram avaliados 152 casos de CCEs, sendo 89 em cães e 63 em gatos. As lesões indicativas de etiologia solar (55/152) predominaram nos CCEs em locais expostos à radiação solar. Houve uma associação estatística significativa entre as lesões histológicas indicativas de etiologia solar com um baixo grau de pigmentação intraepidérmico em CCEs de cães e gatos. Uma associação estatística significativa entre as lesões histológicas indicativas de etiologia solar com a expressão da p53 foi observada somente em cães. Já as lesões sugestivas de etiologia viral (19/152) eram frequentes nos CCEs em regiões protegidos da radiação solar. Houve uma associação estatística significativa entre as lesões sugestivas de etiologia viral e a expressão da p16 somente nos CCEs em gatos. A imunomarcação para papilomavírus estava raramente presente (em casos p16 positivos e com lesões sugestivas de origem viral). O segundo estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e caracterização anatomopatológica de CCEs metastáticos em cães e gatos. Em 36 anos foram recebidos para diagnóstico 478 casos de CCEs, dentre os quais as metástases estavam presentes em 21 casos (4,39%), doze em cães (57%) e nove em gatos (43%). As metástases regionais predominaram. Os linfonodos (19/21) e o pulmão (7/21) foram os órgãos mais acometidos. Os CCEs moderadamente diferenciados metastatizaram com mais frequência (9/21). A contagem mitótica e o índice AgNOR variaram muito em relação às espécies e entre os graus histológicos. O padrão de migração e invasão coletivo predominou nos CCEs bem diferenciados e o padrão de células individuais nos CCEs pouco diferenciados. Todos os CCEs metastáticos estavam associados a uma reação desmoplásica acentuada. A presença de miofibroblastos foi detectada por imuno-histoquímica (IHQ) na reação desmoplásica, principalmente na “frente de invasão tumoral”. O terceiro artigo teve como objetivo relatar dois casos incomuns de CCEs com metaplasia mucinosa em cães. Na histologia, ambos os cães apresentaram uma proliferação de ceratinócitos neoplásicos com produção de mucina intratumoral. A partir dos achados histológicos associados à um painel de IHQ foi possível descartar outros diagnósticos diferenciais. Dessa forma, esse relatado descreveu o subtipo produtor de mucina em dois CCEs cutâneos em cães.
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