Colecistectomia laparoscópica com três portais em cães viagaslessou pneumoperitônio com CO2
Fecha
2021-01-21Primeiro membro da banca
Pinto Filho, Saulo Tadeu Lemos
Segundo membro da banca
Müller, Daniel Curvello de Mendonça
Terceiro membro da banca
Beck, Carlos Afonso de Castro
Quarto membro da banca
Silva, Marco Augusto Machado
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Os objetivos desta tese foram, em uma primeira etapa, avaliar os resultados da colecistectomia
laparoscópica (CL) via três portais de acesso em cães com doenças benignas da vesícula biliar
em um estudo retrospectivo. A segunda etapa consistiu na proposição e avaliação da
exeqüibilidade de uma técnica correspondente na modalidade gaslessem cadáveres caninos,
utilizando um dispositivo personalizado de elevação mecânica da parede abdominal, e
compará-la à técnica com pneumoperitônio em determinadas variáveis cirúrgicas. No artigo 1,
foram revisados os registros médicos de 14 casos de CL operados por dois cirurgiões com
diferentes proeficiências. O tempo cirúrgico médio foi de 69,21 ± 21.7 min (variação 45-104),
não houve conversão em nenhum dos pacientes e 85,7% dos cães receberam alta hospitalar no
dia do procedimento. As complicações transoperatórias em sua maioria foram classificadas
como menores. Dois pacientes apresentaram complicações pós-operatórias que exigiram
reintervenção, sendo um dos casos não relacionado à CL, e vieram a óbito após o segundo
procedimento cirúrgico. No estudo prospectivo do artigo 2, 16 cadáveres foram distribuídos
em dois grupos, os do GCG (n=8) foram submetidos à CL com o uso da plataforma de tração
multidirecional e os do GCP (n=8) submetidos à CL com pneumoperitônio (10 mmHg). O
tempo operatório total, os tempos de cada etapa do procedimento e as complicações
transoperatórias foram registrados. O grau de dificuldade das abordagens cirúrgicas foi
avaliado pelo cirurgião e auxiliar a partir de duas escalas adaptadas, uma escala visual
analógica e uma escala Likert. A técnica proposta de CL gasless foi exeqüível em todos os
animais. O tempo cirúrgico total foi maior para o grupo GCG (p=0,02), assim como o tempo
para a etapa de dissecção da vesícula biliar do leito hepático (p=0,03). Para ambas as escalas,
o grau de dificuldade para execução do procedimento foi maior para o GCG nas etapas de
exposição e dissecção do ducto cístico, hemostasia e transecção do ducto cístico, visualização
de estruturas anatômicas e para o somatório de todas as etapas (p<0,05). Não houve diferença
na incidência de complicações transoperatórias entre as duas técnicas. Diante dos resultados
apresentados, concluímos que a CL com três portais de acesso é uma abordagem viável e
segura para o tratamento de doenças benignas da vesícula biliar em cães, possibilitando a
redução da lesão de acesso cirúrgico por dispensar um trocarte adicional, sem ampliar a
complexidade do procedimento considerando o acesso de quatro portais. A CL utilizando a
plataforma de tração multidirecional foi viável em cadáveres caninos e similar à técnica
correspondente utilizando pneumoperitônio quanto à incidência de complicações
transoperatórias. Ainda que o tempo cirúrgico e o grau de dificuldade para a execução da
técnica proposta sejam superiores, viabilizar uma técnica de CL que dispense o uso de
pneumoperitônio representa uma valiosa alternativa para pacientes incapazes de compensar as
alterações promovidas pela insuflação abdominal.
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