Índices para que te quero: o bloco alfabetizador e sua implicação ao trabalho pedagógico
Fecha
2022-02-10Primeiro membro da banca
Bolzan, Doris Pires Vargas
Segundo membro da banca
Morgenstern, Juliane Marschall
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente estudo vincula-se ao Mestrado Profissional da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Gestão Educacional. A investigação objetivou compreender as implicações do bloco de alfabetização nos modos de pensar e produzir o trabalho pedagógico. Para tanto, definiu como objetivos específicos: identificar os marcos regulatórios referentes às políticas do bloco de alfabetização; reconhecer a evolução dos índices de aprovação e retenção ao término do bloco de alfabetização da rede estadual no período de 2011-2019; construir um material informativo contendo os índices de aprovação e retenção ao final do bloco alfabetizador na abrangência da 36ª CRE; reconhecer as implicações da progressão continuada ao bloco de alfabetização no trabalho pedagógico. Estudos de Dourado (2009), Freitas (2009), Gatti (2004), Jacomini (2010), Minayo (2002), Rodrigues (2018), assim como a Constituição Federal (1988), as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961, 1971, 1996), e as Diretrizes Curriculares Nacionais (2010) para o ensino fundamental de 9 (nove) anos foram referenciais de análise e problematização. A partir de uma abordagem quanti-qualitativa, desenvolvida em duas etapas, o estudo contou com: levantamento e sistematização dos dados referentes a retenção e aprovação dos estudantes na abrangência da 36ª CRE e organização de rodas de conversas, na perspectiva do ECER (Powaczuk et al., 2021) com a instituição que apresentou a maior média de retenção no período investigado. A análise dos índices quantitativos evidenciou não haver grandes discrepâncias entre as instituições, demonstrando a perspectiva homogeneizante destes indicadores, uma vez que anula as condições contextuais a partir das quais os índices emergem. Referente às narrativas advindas das rodas de conversa, a análise embasou-se em duas dimensões categoriais: políticas extraescolar e intraescolar; e concepções docentes sobre aprendizagem no contexto escolar, as quais se desdobraram em quatro recorrências: políticas externas e suas descontinuidades; políticas internas da escola; contextos vulneráveis e a escola como refúgio das aprendizagens; e aprendizagem: fatores externos e suas implicações. Conclui-se que o trabalho pedagógico se pauta em concepções docentes as quais tensionam a aplicabilidade das políticas educacionais, gerando uma produção de sentido que é singular a cada contexto. Logo, chega-se à tese de que para a geração de uma política consistente sobre o bloco alfabetizador, é imperativo que haja trabalho de formação, pois é preciso reflexão sobre o trabalho desenvolvido no contexto escolar, estabelecendo momentos de diálogo, problematizando, projetando coletivamente ações que venham a qualificar o trabalho pedagógico no bloco alfabetizador e, por consequência, a melhorar os índices, crescendo o campo educacional como um todo.
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