Influência da fisioterapia na recuperação motora de cães paraplégicos sem nocicepção submetidos a hemilaminectomia toracolombar
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Data
2022-02-24Primeiro coorientador
Corrêa, Luís Felipe Dutra
Primeiro membro da banca
Beckmann, Diego Vilibaldo
Segundo membro da banca
Ribeiro, Vitor Márcio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A extrusão do disco intervertebral (EDIV) (Hansen tipo I) é considerada uma das principais
causas de lesões compressivas da medula espinhal em cães, cujos sinais clínicos variam desde
hiperestesia espinhal à paraplegia sem nocicepção. A fisioterapia tem sido indicada a fim de
auxiliar na reabilitação pós-operatória, entretanto, dados da literatura veterinária não permitem
afirmar a influência dessa especialidade na recuperação motora de cães com sinais neurológicos
severos em decorrência da EDIV. Sendo assim, o objetivo do estudo retrospectivo foi
determinar a influência da fisioterapia na recuperação motora de cães paraplégicos sem
nocicepção ocasionados por EDIV, submetidos à hemilaminectomia toracolombar. Foi
comparado também o tempo de retorno da recuperação entre cães tratados com cirurgia,
associado ou não à fisioterapia no pós-operatório (PO). Foram incluídos cães paraplégicos sem
nocicepção (percepção a dor profunda) com duração em até 96h, com diagnóstico definitivo de
EDIV toracolombar e submetidos ao tratamento cirúrgico associado ou não à fisioterapia no
PO imediato. Os animais foram distribuídos em dois grupos denominados de GI para aqueles
que realizaram cirurgia descompressiva e fisioterapia no PO e, GII para os cães que não
realizaram nenhuma modalidade fisioterapêutica após a cirurgia. Foram incluídos 34 cães,
sendo 22 no GI e 12 no GII. A taxa de recuperação motora nos cães do GI foi de 31,8% e, no
GII, de 33,3%, não sendo observada diferença entre os grupos (p=0,92). Quanto ao tempo de
retorno da deambulação, foi menor no GI para aqueles que recuperaram a função motora
(p=0,04), cuja mediana foi de 90 dias comparado com 225 dias no GII. Com base nos achados
deste estudo, conclui-se que a fisioterapia não acarretou maiores taxas de recuperação motora
em cães paraplégicos sem nocicepção em decorrência da EDIV submetidos a
hemilaminectomia, porém promoveu um menor tempo de retorno à deambulação em
comparação aos cães que não realizaram fisioterapia no pós-operatório
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