Corpo e responsividade: implicações éticas da fenomenologia da percepção
Fecha
2021-03-08Primeiro membro da banca
Grzibowski, Silvestre
Segundo membro da banca
Ribeiro Júnior, Nilo
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O nosso objeto de investigação é a possível descrição do sentido ético na Fenomenologia da Percepção, de Merleau-Ponty. Na esteira de Husserl, o filósofo aborda a percepção desde um olhar fenomenológico e critica uma racionalidade que está separada do mundo. Esta cisão é conduzida desde compreensões empiristas e intelectuais da realidade. O filósofo, ao oferecer a sua crítica, descreve a percepção como o nosso acesso ao mundo. Isto implica dizer que a percepção tem um cogito próprio, anterior àquele de uma reflexividade objetiva. O resultado desta investigação de Merleau-Ponty é a evidência do corpo, descrito como corpo próprio, e a relação deste esquema corporal com o ambiente. Nisto, o filósofo reconduz a reflexão filosófica desde um pensamento encarnado, o que significa certa revisão de elementos que se constituíram ao longo da história da filosofia. O entendimento, a filosofia e a vida são retomados desde a reflexão sobre o cogito perceptivo. Neste meio, pareceu-nos que os escritos de Bernhard Waldenfels confluem ao pensamento merleau-pontyano ao descrever uma fenomenologia responsiva, própria ao hiperfenômeno do estranho (Fremd). Desta responsividade, o caráter ético da resposta a um apelo é evidente. Descrevemos, então, a implicação de uma fenomenologia da responsividade na Fenomenologia da Percepção a fim de evidenciar o sentido ético que se estabelece com esta estranha alteridade que é o mundo que nos circunda.
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