Orientações socioeducativas na liberdade assistida: espaços em que projetos de vida acontecem?!
Fecha
2022-02-18Primeiro membro da banca
Craidy, Carmem Maria
Segundo membro da banca
Janczura, Rosane
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Este trabalho foi desenvolvido no curso de Mestrado em Educação do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, na linha de pesquisa “Políticas Públicas Educacionais, Práticas Educativas e suas Interfaces - LP2”. A questão norteadora desta pesquisa foi: de que maneira a orientação socioeducativa de adolescentes na liberdade assistida colaborou ou não em seus projetos de vida? Teve por objetivo geral analisar de que maneira a orientação socioeducativa de adolescentes na liberdade assistida colaborou ou não em seus projetos de vida, e como objetivos específicos: construir o perfil dos adolescentes atendidos na liberdade assistida entre os anos de 2010-2019; buscar, nos prontuários de atendimento socioeducativo (PAS), as ações desenvolvidas pela equipe multiprofissional na orientação socioeducativa durante a execução da liberdade assistida no período de 2015–2019 e compreender, se as ações educativas desenvolvidas na orientação socioeducativa oferecem contribuição ou não para a formulação de projetos de vida. Trata-se de um estudo qualitativo, do tipo documental, em um programa de medidas socioeducativas em meio aberto na cidade de Santa Maria/RS. O foco da pesquisa concentrou-se na liberdade assistida, seus sujeitos e as ações educativas. Ao total, 65 prontuários de adolescentes que cumpriram liberdade assistida e tiveram seus processos extintos pelo cumprimento foram utilizados para o levantamento das ações e projetos de vida. Os dados foram obtidos a partir dos relatos de orientações socioeducativas, preenchidos pelo orientador socioeducativo ou pela equipe multiprofissional, nos prontuários de atendimento socioeducativo (PAS). Foram tratados com base na Análise Textual Qualitativa, desenvolvida por Moraes (2003). Para sustentar as discussões teóricas propostas, dialoguei com Paulo Freire (1987), Juarez Dayrell - Zenaide Alves (2015), Antônio Carlos Gomes da Costa (1999), Carmen Craidy (2015), Gilberto Velho (1994), Mirian Abramovay (2002, 2010), dentre outros. Através deste estudo foram identificados que os registros de orientações socioeducativas não oferecem a dimensão total do trabalho desenvolvido, as ações educativas são potentes para se pensar projetos de vida e apontam para uma socioeducação que transforma o sujeito, porém, as lacunas geradas pelo baixo número de relatos nas fichas de acompanhamento socioeducativo e a não participação direta dos sujeitos não permitem compreender a contribuição efetiva na formulação de projetos de vida, e, por último, a necessidade de capacitações que visem a qualificação do trabalho socioeducativo.
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