Adaptabilidade de carreira e os sintomas de ansiedade em discentes de pós-graduação de uma instituição pública
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Data
2021-04-20Primeiro membro da banca
Fabricio, Adriane
Segundo membro da banca
Costa, Vânia Medianeira Flores
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Pós-graduação no Brasil teve um crescimento de 48% na última década conforme informado
pelo presidente da CAPES (GOVERNO DO BRASIL, 2021). Os discentes que optam pela pósgraduação
relatam dificuldades para o desenvolvimento de suas habilidades e a difícil colocação
no mercado de trabalho. Em vista disso, percebe-se que esses empecilhos colaboram para o
aumento de doenças mentais, estresse, ansiedade e a depressão foram alguns dos sintomas mais
citados, destaca-se ainda que estes discentes têm seis vezes mais chances de enfrentar a
ansiedade e depressão em comparação com a população geral (ANPG, 2019). Considerando-se
o contexto apresentado, o objetivo geral do estudo é analisar a relação entre a adaptabilidade de
carreira com os sintomas de ansiedade desencadeados em discentes de pós-graduação. Para
tanto, optou-se pela realização de um levantamento (Survey) com discentes de pós-graduação
na Universidade Federal de Santa Maria uma instituição pública localizada na cidade de Santa
Maria, Rio Grande do Sul. A etapa de coleta de dados consistirá na aplicação de um questionário
de pesquisa dividido em três partes: Dados Sociodemográficos; Escala de Adaptabilidade de
Carreira – EAC e; Inventário Ansiedade-Traço (IDATE – T), Ansiedade-Estado (IDATE-E).
Os dados quantitativos foram tratados com auxílio de softwares estatísticos e analisados por
meio de estatísticas descritivas, padronização de escalas e modelagem de equações estruturais
(PLS–SEM). Como resultados, encontrou-se que aproximadamente 80% dos discentes sofrem
com sintomas de ansiedade e que vem a ser uma incidência expressiva. Pela padronização das
dimensões do EAC, verificou-se que os discentes manifestaram nível alto em Preocupação e
Confiança desenvolvendo muito bem estas habilidades. Quanto ao IDATE-T demonstraram ter
ansiedade (43,87%), se encontram em depressão (41,89%) demonstrando que ao longo da vida
possuem esse sintoma; já para o IDATE-E relataram ter sintomas de ansiedade (55%) e
depressão (33,43%), um dos sintomas da depressão é a ansiedade. Ainda, para verificar as
relações entre as dimensões, foi proposto um modelo de equações estruturais parciais
demonstrando que das oito hipóteses propostas, cinco foram aceitas, significando que há
relações mais negativas que positivas entre os sintomas de ansiedade e as dimensões da
adaptabilidade de carreira. O aspecto Ansiedade-Estado se relacionou negativamente com o
Controle e Curiosidade e positivamente com a Preocupação e a Ansiedade-Traço se relacionou
negativamente com Controle e positivamente com a Preocupação. Diante dos resultados
verifica-se a necessidade de conscientizar a prevenção e o aumento de casos de discentes com
ansiedade vistos os prejuízos advindos dessa doença e a importância da adoção de estratégias
eficazes para seu enfrentamento.
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