Microencapsulação do extrato de mirtilo (Vaccinium ashei): avaliação da estabilidade e efeito antiproliferativo em células de adenocarcinoma de cólon
Fecha
2021-12-17Primeiro coorientador
Menezes, Cristiano Regagnin de
Primeiro membro da banca
Ballus, Cristiano Augusto
Segundo membro da banca
Nunes, Graciele Lorenzoni
Terceiro membro da banca
Cadoná, Francine Carla
Quarto membro da banca
Sagrillo, Michele Rorato
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A microencapsulação de compostos antociânicos tem se tornado uma alternativa eficiente na proteção e no aumento da biodisponibilidade de compostos fracamente estáveis. Estudos vêm sendo realizados a fim de verificar o efeito anticarcinogênico do mirtilo, porém uma ampla gama tem levado em consideração apenas extratos purificados, desconsiderando a instabilidade dos compostos antociânicos frente ao sistema gastrointestinal. Com base nisso, o objetivo do presente trabalho foi microencapsular o extrato de mirtilo (Vaccinium ashei) pelo método de spray drying utilizando maltodextrina-DE20, hi-maize, goma arábica e inulina como material de parede, avaliar sua estabilidade frente a diferentes condições de armazenamento (60 dias), sua bioavibilidade frente às condições gastrointestinais simuladas e seu e efeito antiproliferativo em células de adenocarcinoma de cólon (HT-29). A microencapsulação deu-se em spray drying de escala laboratorial utilizando 140 °C de ar de entrada, foram preparadas quatro soluções de alimentação: formulação padrão (S): maltodextrinha DE20, hi-maize; T1: maltodextrina DE20, hi-maize, inulina; T2: maltodextrinha DE20, hi-maize, goma arábica; e T3: maltodextrinha DE20, hi-maize, inulina e goma arábica. As microcápsulas foram avaliadas quanto ao teor de umidade, solubilidade, eficiência de encapsulação, tamanho de partícula, morfologia, compostos fenólicos totais, capacidade antioxidante, estabilidade das antocianinas monoméricas totais frente a diferentes condições de armazenamento e ao sistema gastrointestinal simulado. Posteriormente, foi selecionada a microcápsula que apresentou os melhores resultados frente às análises realizadas e avaliada quando a sua de viabilidade celular (MTT), óxido nítrico (NO) e efeito antiproliferativo (análise clorogênica, ciclo celular e western blot) frente a células do câncer de cólon (HT-29). As microcápsulas obtidas no presente estudo apresentaram uma alta eficiência de encapsulação 96,80 a 98,83%. Dentre os parâmetros analisados a formulação T3 apresentou os menores valores de degradação constante (k) nas temperaturas de armazenamento testadas, com destaque para a temperatura de congelamento, correspondendo à menor perda durante o armazenamento e, consequentemente, uma meia-vida maior (t ½) sendo de 913,41 dias. Este mesmo tratamento demonstrou-se eficaz na preservação e entrega melhorada dos compostos antociânicos quando comparado ao extrato livre. A microcápsula de extrato de mirtilo apresentou uma ligeira diminuição na viabilidade (24 horas) e capacidade antiproliferativa (48 e 72 horas) frente HT-29. As microcápsulas foram efetivas no aumento do extresse oxidativo em células HT-29 nas concentrações entre 3000 e 9000 μg/mL. As concentrações de 7000, 8000 e 9000 μg/mL apresentaram diminuição na formação de colônias. Entretanto os resultados encontrados no presente estudo também sugerem que as vias de atuação das microcápsulas frente a linhagens cancerígenas ainda precisam ser melhores elucidados, possibilitando um maior entendimento sobre o metabolismo das microcápsulas.
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