A marca Usain Bolt: contratos de comunicação de uma Me Brand em midiatização
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Data
2020-12-14Primeiro membro da banca
Rodrigues, Maria Clotilde Perez
Segundo membro da banca
Maggioni, Fabiano
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O estudo a seguir busca compreender os contratos de comunicação utilizados pelo velocista Usain Bolt, ao longo dos diferentes momentos de sua carreira, que visavam à construção de sua marca em um contexto de midiatização da sociedade. Em ascensão nos últimos anos, Me Brands são composições simbólicas manifestadas na esfera sensível a partir das disposições corporais de um sujeito, que se orienta segundo lógicas de destaque, influência e/ou monetização. A fim de refletir sobre essas marcas, a pesquisa estrutura-se em quatro capítulos. O primeiro argumenta que a marca poderia decorrer, inicialmente, de potencialidades ofertadas pela natureza simbólica do ser; apresenta reflexões sobre a atribuição de representações a materialidades; trata sobre a singularidade indiciária do corpo, que se expressa com antagonismos; e debate sobre as inserções oportunas e a necessidade de um contrato de comunicação. Em seguida, o segundo capítulo apresenta algumas contribuições do processo de midiatização para os fortalecimentos de marcas na contemporaneidade. São articulados estudos de diferentes autores para se discutir sobre o contexto de transformação da sociedade; um tópico é dedicado à incidência da midiatização na realidade das marcas; outro engloba um breve levantamento sobre conceitos atinentes a marcas de sujeitos no âmbito acadêmico e mercadológico, além de uma justificativa para a escolha do termo Me Brand. O terceiro capítulo explica as etapas de identificação e seleção do corpus a partir do paradigma indiciário proposto por Braga (2008), que se inspira em Ginzburg (1999) e Sebeok e Umiker-Sebeok (2004). Para as análises, o contrato de comunicação de Charaudeau (2018) orienta o olhar sobre atitudes do velocista em momentos antes, durante e após as competições em eventos internacionais. Por fim, o último capítulo apresenta uma retomada do caminho construído na dissertação e elabora algumas inferências para pesquisas futuras. Constata-se que Bolt, ao propor distintos contratos de comunicação, não apenas define os destinatários, mas também incentiva a circulação de assuntos e interesses, fortalecendo ainda mais sua marca. Além disso, estimula os envolvidos no processo comunicacional a agirem de acordo com seu contrato, pois deixa latentes algumas abordagens, em termos de regularidades comportamentais e modos de dizer, que outros poderão vir a ter. Na condição de marca, torna-se capaz de modificar indiretamente a produção e o consumo dos eventos midiáticos em que está presente.
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