Resistividade elétrica de concretos compostos com cinza de lodo de ETA e calcário moído
Fecha
2017-12-18Primeiro membro da banca
Lübeck, André
Segundo membro da banca
Lima, Maryangela Geimbra de
Metadatos
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A resistividade elétrica, propriedade do concreto que representa sua resistência à
passagem de corrente elétrica, mostra-se importante no que diz respeito à corrosão
das armaduras e, portanto, à durabilidade das estruturas de concreto armado. O uso
de adições minerais em matrizes de concreto tem se mostrado eficaz tanto para
redução do impacto ambiental causado pela produção do cimento e descarte de
resíduos quanto para melhorias nas propriedades relacionadas à durabilidade das
estruturas. Neste estudo foi investigado o desempenho de concretos com substituição
parcial do cimento Portland por cinza de lodo de estação de tratamento de água
(CLETA) e calcário moído frente à resistividade elétrica. A definição das misturas
seguiu um planejamento estatístico do tipo PRCC, com teores de CLETA variando de
0% a 30%, teores de calcário entre 0% e 15% e limites mínimo e máximo de relação
água/aglomerante (a/agl) de 0,35 e 0,65, além de uma mistura de referência, sem
adições minerais, com relações a/agl 0,35, 0,50 e 0,65. A avaliação da influência das
variáveis da pesquisa sobre a resistividade elétrica, por meio da metodologia de
superfície de resposta, ocorreu para os 7, 14, 28, 56 e 91 dias. Evolução da
condutividade elétrica e potencial de Hidrogênio (pH) com o tempo também foram
analisados, aos 7, 28 e 91 dias. A CLETA, que foi calcinada a 700 °C em uma mufla
e moída durante 1h em moinho de bolas, mostrou-se uma adição mineral com alta
atividade pozolânica quando em misturas ternárias com cimento Portland e calcário
moído. Melhores resultados de resistividade elétrica foram obtidos para teores de
calcário em torno de 7,5% desde as idades inicias. Quanto à CLETA, este teor variou
de 0% nas idades iniciais a 30% em idades mais avançadas. O aumento do seu efeito
a cada idade de ensaio é um indício de que a CLETA teve influência sobre a
microestrutura do concreto. A redução da resistividade elétrica com aumento da
relação a/agl foi maior a cada idade, sendo este o fator com maior influência aos 91
dias. Tanto a resistividade elétrica quanto o pH e a condutividade elétrica reduziram
com o tempo em todas as misturas. De acordo com os limites indicados pelo CEB
192, risco de corrosão baixo ou desprezível foram alcançados nos traços do
planejamento experimental com altos teores de substituição de CLETA e calcário.
Além disso, para cada relação a/agl as maiores resistividades elétricas foram aquelas
dos traços com elevados teores de CLETA e calcário na proporção 2:1. Substituição
do cimento Portland por 15% de CLETA e 7,5% de calcário se mostraram eficientes
em reduzir o risco de corrosão tanto para as classes de agressividade ambiental
definidas pela NBR 12655 (ABNT, 2015), quanto em igualdade de resistência
mecânica com concretos sem adições minerais. Ademais, economia de cimento
superior a 100 kg/m3 foi observada para estes mesmos teores de substituição em
relação ao seu traço de referência de mesma resistência à compressão.
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