O mundo dos catadores e catadoras: precarização do trabalho, economia solidária e as associações de reciclagem em Erechim/RS
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Data
2021-08-23Autor
Jesus, Renata de
Primeiro coorientador
Ferreira, Laura Senna
Primeiro membro da banca
Gaiger, Luiz Inacio Germany
Segundo membro da banca
Sandalowski, Mari Cleise
Terceiro membro da banca
Mayer, Ricardo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo tem por objetivo analisar como o processo de precarização do trabalho contemporâneo impacta setores na sociedade, no caso da ocupação de catador/catadora de materiais recicláveis, com vistas a compreender quais as formas de organização coletiva (especialmente associações) acionadas por esse público para obtenção de trabalho e renda. Investigou-se o processo de constituição das associações de reciclagem no município de Erechim/RS, o qual integra uma rede de agentes na realização da coleta seletiva. A metodologia utilizada compreende entrevistas semiestruturadas, análise documental e dados oficiais de fontes secundárias. As análises foram embasadas pelo escopo teórico da Sociologia do Trabalho, em que pautamos aspectos acerca ocupação de catador e catadora de materiais recicláveis, e da Economia Solidária, que abarca os processos de formação e organização das associações de reciclagem no município. A justificativa está calcada na atualidade das temáticas que se pretende abordar, através do estudo de uma experiência social concreta. Na abordagem do modo pelo qual indivíduos que se encontram em espaços precarizados, organizam-se social e politicamente, na tentativa de alterar, a situação de vulnerabilidade em que se encontram, na busca por estima social, rendas e na melhoria da ocupação. Concluiu-se que, ser catador e catadora, apesar de uma ocupação colocada socialmente sob o status da precariedade, a mesma ainda se constitui como alternativa de sobrevivência para um segmento social significativo de indivíduos. As parcerias firmadas entre os diferentes setores e agentes públicos, privados e da sociedade civil envolvidos na gestão integrada dos resíduos, pode se constituir como uma alavanca para a inclusão e autonomia desses grupos de pessoas em contextos locais.
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