Efeitos do método canguru nas habilidades orais e alimentação de prematuros
Fecha
2021-11-08Primeiro coorientador
Bolzan, Geovana de Paula
Primeiro membro da banca
Keske-Soares, Marcia
Segundo membro da banca
Henn, Roseli
Terceiro membro da banca
Yamamoto, Raquel Coube de Carvalho
Quarto membro da banca
Benedetti, Franceliane Jobim
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O Método Canguru (MC) é considerado uma intervenção natural, econômica, baseada em evidência, sendo recomendado como um padrão de cuidado para o recém-nascido pré-termo (RNPT). A presença da mãe em tempo integral na unidade canguru, por representar estímulo ao aleitamento materno (AM), pode reduzir as dificuldades para a alimentação oral, frequentes RNPT, uma vez que a sucção ao seio contribui para o desenvolvimento das funções e estruturas do sistema estomatognático. Esta pesquisa teve como objetivo verificar os efeitos do MC sobre as habilidades orais, o AM e a introdução da alimentação complementar em RNPT, ao longo do primeiro ano de vida. Trata-se de um estudo longitudinal do tipo observacional, prospectivo e analítico. A amostra compreendeu 46 RNPT com idade gestacional ao nascer ≤ 34 semanas, alocados na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa) e na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) de um hospital universitário, no sul do Brasil. Após a alta neonatal, os participantes foram acompanhados por meio de ligações telefônicas aos 4, 6 e 12 meses de idade corrigida. Nos RNPT que participaram da UCINCa o processo de maturação das habilidades orais foi mais rápido, o que se traduziu em um menor número de dias para realizar a transição da alimentação por sonda para a via oral plena (4,5 dias versus 10 dias, para UCINCa e UCINCo, respectivamente, p=0,041). Não houve influência no tempo de internação, embora tenha havido uma redução de 4 dias no tempo de permanência, contados a partir da liberação da via oral, nos RNPT da UCINCa. O MC favoreceu o AM exclusivo (AME) na alta hospitalar, e de modo significativo, aos 4 meses de idade corrigida, quando 35% dos RNPT ainda estavam em AME, e apenas 8,3% das crianças egressas da UCINCo. Aos 6 e 12 meses de idade corrigida as taxas de AM não diferiram entre as unidades. A introdução da alimentação complementar foi relatada em 45% e 42,3% dos RN da UCINCa e UCINCo, respectivamente, aos 4 meses de idade corrigida. Concluiu-se que a internação em UCINCa acelerou o processo de maturação das habilidades orais de RNPT, encurtando o tempo de transição da alimentação por sonda para a via oral plena. Além disso, proporcionou um expressivo aumento nas taxas de AME, na alta neonatal e aos 4 meses de idade corrigida. A participação no MC não se mostrou protetora sobre as taxas de AM a partir do 6º mês de idade corrigida, nem para evitar a introdução precoce da alimentação complementar.
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