“Se eu aprender, não vou ser um carro atolado no lugar”: trajetórias escolares de jovens no percurso para a EJA
Fecha
2021-12-10Primeiro membro da banca
Andrade, Eliane Ribeiro
Segundo membro da banca
Fischer, Maria Clara Bueno
Terceiro membro da banca
Maraschin, Mariglei Severo
Quarto membro da banca
Sarturi, Rosane Carneiro
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Este trabalho foi desenvolvido no curso de Doutorado do Programa de Pós-graduação
em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, na linha de pesquisa: políticas
públicas educacionais, práticas educativas e suas interfaces - LP2. Trata-se de um
estudo no escopo da Educação de Jovens e Adultos, com ênfase nas trajetórias
escolares juvenis e na relevância social da modalidade enquanto espaço de
escolarização de estudantes com defasagem idade/série antes e durante a pandemia
de COVID-19. A questão norteadora desta pesquisa foi: de que maneira se
desenvolvem as trajetórias escolares de jovens estudantes na transição do ensino em
tempo regular para a Educação de Jovens e Adultos? Teve o objetivo geral de analisar
as trajetórias escolares de jovens estudantes na transição do ensino em tempo regular
para a Educação de Jovens e Adultos. Para atingi-lo, foram propostos os seguintes
objetivos específicos: discutir as políticas públicas para a área da educação referentes
à EJA e às juventudes; identificar o perfil dos estudantes que frequentam o Ensino
Fundamental da EJA de duas escolas municipais de Alegrete/RS; conhecer os
processos que levam o estudante do Ensino Fundamental em tempo regular para a
Educação de Jovens e Adultos através de suas trajetórias escolares; e compreender
como foi conduzida a educação escolar destes estudantes durante o período
pandêmico de 2020. Foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa de análise social
do tipo estudo de caso. Os sujeitos foram estudantes do Ensino Fundamental da EJA
matriculados em duas escolas municipais de Alegrete/RS. Os instrumentos de
levantamento de dados foram o questionário fechado e a entrevista semiestruturada.
Adicionalmente, recorreu-se à pesquisa documental para balizar aspectos referentes
à legislação e a dados quantitativos importantes para o panorama estudado. Os dados
obtidos foram tratados a partir da análise textual qualitativa, desenvolvida por Moraes
(2003) e Moraes e Galiazzi (2006; 2016). Para sustentar as discussões teóricas aqui
propostas, dialoguei com Paulo Freire (2018; 2017; 2001; 2000; 1999; 1987; 1985),
Miguel Arroyo (2017; 2014; 2013), José Machado Pais (1993; 1990), Juarez Dayrell
(2016; 2007; 2006), Raewyn Connell (2006), François Dubet (2020; 2015; 2007; 2005;
2004), Gimeno Sacristán (2017; 2016; 2013), Roque Moraes (2003; 2006; 2016),
dentre outros autores posicionados na perspectiva sociocrítica. Através deste estudo,
foi possível revelar que a EJA, tal qual está organizada, não contribui nem com as
demandas sociais e educacionais do presente, nem colabora na construção dos
projetos de futuro dos jovens. Adicionalmente, indica a dificuldade do jovem em
defasagem idade/série encontrar um espaço adequado no processo de escolarização
disponível no contexto pesquisado.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: