Redimensionar o corpo: biologicidade, racionalidade e poder em contextos de formação
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Data
2022-03-01Primeiro membro da banca
Veiga, Adriana Moreira da Rocha
Segundo membro da banca
Rosa, Geraldo Antônio da
Terceiro membro da banca
Azevedo, Maurício Cristiano de
Quarto membro da banca
Luchese, Terciane Ângela
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A seguinte tese parte de um possível redimensionamento do papel do corpo nos processos mais gerais de ensino/aprendizagem, ou formação. O trabalho parte do pressuposto de que os corpos, suscetíveis às dinâmicas históricas, se relacionam, sobretudo, com duas instâncias, no sentido de sua própria formação: nesse contexto, (1) as relações de poder, bem como (2) a questão acerca do conhecimento, são percebidos como elementos necessariamente relevantes do ponto de vista de uma reflexão acerca desses processos de formação que constituem os corpos. Inicialmente, o trabalho tem por objetivo explorar algumas tensões expostas por parte do pensamento histórico-filosófico, mais precisamente, as obras de Nietzsche e Foucault. Nietzsche nos dá um panorama amplo acerca das relações iniciais entre a constituição da racionalidade enquanto vetor fundamental de nossa cultura e os processos biológicos, que se desenrolam a partir do corpo – liga, portanto, o advento da racionalidade a instâncias biológicas; ao passo que Foucault insere a realidade do poder neste eixo racionalidade/corpo. Noções como biopolítica e dispositivo são exploradas nessa perspectiva, em que o poder define os corpos, direcionando sua produção material e subjetiva. Ainda visando explorar as relações entre corpo, racionalidade e poder, a pesquisa busca articular alguns conhecimentos advindos da neurobiologia e da educação, que parecem corroborar no sentido da necessidade de uma reflexão sistemática a respeito do papel que nosso corpo, ou organismo, possui como fator constituinte dos processos de formação. As evidências trazidas pela neurobiologia, atreladas à plasticidade neural e à relevância que a interação entre sistema nervoso e ambiente possui nos processos de formação ao longo da história são pontos explorados, bem como uma perspectiva histórica dos contextos de formação e sua progressiva modificação. Vislumbra, portanto, um horizonte de pesquisa que visa pensar de maneira sistemática as proximidades entre a cultura e a neurobiologia, relacionando-as ao fenômeno da educação. O trabalho, que se constitui como uma pesquisa de cunho bibliográfico na perspectiva de uma hermenêutica do corpóreo, também visa contribuir no caminho da efetivação de publicações transdisciplinares na área da educação, levando em conta seus aspectos políticos e sociais. Nesta mesma via, percebe as relações de poder como constituintes daquilo que chamamos subjetividade, bem como suas implicações comportamentais que induzem às ações dos sujeitos em sociedade.
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