Ser professor de educação infantil no município de Agudo/RS em tempos de pandemia
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Data
2022-04-26Primeiro membro da banca
Alves, Antonio Mauricio Medeiros
Segundo membro da banca
Fraga, Laura Pippi
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação, que tem como objetivo compreender a reorganização do trabalho pedagógico na Educação Infantil do município de Agudo (RS), em seus Tempos e Espaços, considerando o contexto da pandemia no ano de 2020, a partir das percepções das professoras, refere-se a uma pesquisa vinculada à Linha de Pesquisa Docência, Saberes e Desenvolvimento Profissional, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Para contemplar esse objetivo, foram adotados os pressupostos da Teoria Histórico–Cultural (THC) e, mais especificamente, a Teoria da Atividade (TA). Ao entender que o professor se constitui nas relações que estabelece, também se compreende a importância de conhecer o seu trabalho como docente de Educação Infantil, juntamente com as crianças. Contudo, considerando que 2020 foi um ano pandêmico, em que se precisou obedecer a uma série de restrições sanitárias para evitar o contágio da COVID 19, doença causada pelo novo Coronavírus, (SARS-CoV-2), que se espalhou pelo mundo todo, infectando milhões de pessoas, os espaços escolares das crianças e dos professores foram diferentes, os modos de ensinar e aprender tiveram de ser reconfigurados, resultando em um ensino não presencial. Nesse contexto, foi desenvolvido este estudo, traçando três ações investigativas: conhecer como a educação do município de Agudo foi se constituindo historicamente; identificar ações desencadeadas pela Secretaria de Educação de Agudo perante a situação da pandemia; compreender como as professoras de Educação Infantil do município de Agudo percebiam a organização do ensino remoto, em momentos de novos espaços e tempos. Para contemplá-las, a investigação desenvolveu-se em três etapas: pesquisa bibliográfica e entrevista a antigos moradores de Agudo; entrevista com a secretária da educação do município; entrevista com quatro professoras de Educação Infantil do município. Os dados colhidos permitem identificar que as primeiras escolas do município eram organizadas pelos próprios pais e que, com o tempo, a rede pública se expandiu, em especial a partir da emancipação do município, sendo que, atualmente na cidade, só existem escolas públicas de Educação Infantil. O contexto pandêmico foi um momento marcante para a Secretaria de Educação do município, que teve o desafio de orientar a reconfiguração da rede, tendo, em especial, a meta de que os professores não perdessem o contato com os estudantes. Em relação ao trabalho pedagógico, para as professoras: o momento inicial foi impactante e desorientador; a nova organização deu-se por meio de aulas remotas, mas que nem sempre foram acompanhadas pelos alunos principalmente pela falta de recursos tecnológicos e despreparo em manuseá-los; a relação com as crianças e a aprendizagem não foi eficaz e foi difícil conscientizar os pais da importância de manter o contato com a escola; os tempos e os espaços inerentes à Educação Infantil nem sempre foram atendidos, já que estes se constituíam fora da escola; a sensação de medo e insegurança se fez muito presente. Em sendo assim, conclui-se que o período das aulas não presenciais reforçou a importância da escola como o espaço especial para aprender, revelando que nenhum trabalho remoto substitui a relação presencial e, principalmente, a interação humana.
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