Potencial e lacunas de produtividade de milho em Santa Catarina
Fecha
2022-02-21Primeiro coorientador
Streck, Nereu Augusto
Primeiro membro da banca
Ribeiro, Leandro do Prado
Segundo membro da banca
Borghi, Émerson
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Realizar estudos de potencial de produtividade (Yp), potencial de produtividade
limitado pela água (Yw) e lacunas de produtividade (Yg) em escala local nos
permite compreender as peculiaridades e limitações da interação entre genética,
manejo e ambiente. Assim, é possível identificar os fatores que estão limitando
as produtividades e buscar estratégias para reduzir essas lacunas. Os objetivos
deste estudo foram: (i) validar o modelo Hybrid Maize para Santa Catarina,
Brasil; (ii) estimar Yp, Yw e Yg de milho para Santa Catarina; e (iii) identificar os
fatores biofísicos e de manejo que explicam as Ygs nas lavouras de milho em
Santa Catarina. Para estimar o Yp, Yw e Yg, utilizamos o método desenvolvido
pelo Global Yield Gap Atlas, no qual há um equilíbrio entre a quantidade de
dados a ser utilizada e a representatividade da área de estudo. Para as
estimativas dos potenciais, validamos o modelo Hybrid Maize com dados de
experimentos realizados em condições potenciais, com os híbridos mais
utilizados de cada ciclo de desenvolvimento em Santa Catarina. O modelo foi
eficiente em simular o crescimento (acúmulo de matéria seca), desenvolvimento
(data de ocorrência dos estágios fenológicos) e produtividade de milho. As
rodadas para determinar Yp e Yw foram realizadas utilizando o manejo
identificado como representativo de cada região (data de semeadura, ciclo de
desenvolvimento, densidade de semeadura). Os fatores de manejo que estão
limitando a produtividade das lavouras foram identificados através de pesquisas
realizadas diretamente com os produtores de milho (n=157). A comparação entre
lavouras de alta e baixa produtividade (AP e BP) permitiu identificar as práticas
de manejo que devem receber investimento para aumentar a produtividade atual
e atingir valores próximos a 70% do Yw. Os principais resultados desse estudo
foram a determinação do Yp de milho em Santa Catarina (17,4 Mg ha-¹), Yw
(14,9 Mg ha-¹) e da Yg atingível (3,6 Mg ha-¹). Além disso identificou-se que as
principais práticas de manejo que diferem entre AP e BP são: data de
semeadura, população de plantas, tempo entre as aplicações de calcário,
adubação, manejo fitossanitário e rotação de culturas. Assim, se todas as
lavouras atingirem 70% do Yw através de melhorias nas práticas de manejo (10,4
Mg ha-¹), o incremento de produção de milho em Santa Catarina, na atual área
de cultivo, seria de 1.2 milhões de Mg ao ano. Atingindo 75% do Yp (13 Mg ha-
¹), Santa Catarina aumentaria sua produção em 2.1 milhões de Mg ao ano. Esses
aumentos na produtividade evitariam a necessidade de abertura de novas áreas
em 182 e 314 mil ha, respectivamente.
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