Inclusão: o ponto de vista da família do sujeito com déficit cognitivo
Abstract
Destaco o conflito atual na educação, decorrente das tendências pedagógicas que circularam e ainda circulam no ensino, determinando posturas profissionais e formatando currículos. Discuto as tendências pedagógicas que constituíram e constituem conceitos e preconceitos, diluídos nas ações escolares, formalizando discursos, representados pela cultura educacional, contrapondo com os princípios da educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. Abordo o déficit cognitivo como consequência do currículo rígido, estabelecido oficialmente, onde as flexibilizações curriculares ainda estão sendo instituidas nas escolas. Atribuo ainda, como uma invenção criada em um tempo de crenças na produtividade, quando as Escolas brasileiras foram expandidas para a educação em massa, que inseriu os/as alunos/as de classes populares, com a intencionalidade política de produzir corpos dóceis e treinados para a rentabilidade, que influenciam direta ou indiretamente nas ações de inclusão ou exclusão. Ressalto os estudos de Vigotski, Fundamentos de Defectologia, como possibilidade acompanhar os processos compensatórios do sujeito diante das dificuldades percebidas, na resolução de problemas cotidianos ou escolares. O estudo foi realizado através de uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, tendo como população a ser investigada as famílias dos adolescentes com espectro autista, mais especificamente síndrome de asperger, incluídos na rede municipal de ensino Municipal regular de Gravataí, abrangendo uma amostra de cinco alunos e uma aluna, com idades que variam entre 11 e 15 anos.