Gengivite e qualidade de vida relacionada à saúde bucal: uso adjunto do fio dental e autopercepção após treinamento de higiene oral
Fecha
2022-08-18Primeiro membro da banca
Emmanuelli, Bruno
Segundo membro da banca
Sfreddo, Camila Silveira
Terceiro membro da banca
Kantorski, Karla Zanini
Quarto membro da banca
Weidlich, Patrícia
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A gengivite induzida por biofilmes dentais é considerada a doença oral mais comum e o tipo mais frequente de doença periodontal. Além das repercussões locais, a gengivite está associada com a redução da qualidade de vida. A escovação manual é o método mais utilizado para o autocontrole mecânico de placa e, consequentemente, prevenção e tratamento da gengivite. A eficácia da escovação, porém, é questionável em áreas interdentais. Dessa forma, a limpeza interdental é reconhecida como parte essencial na manutenção de saúde gengival e o fio dental é o dispositivo interdental mais recomendado para espaços sem perda de inserção. Entretanto, a despeito da importância desta questão, há uma limitada evidência científica disponível sobre o impacto do uso do fio dental na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB). Além disso, não se sabe qual o impacto da autopercepção de melhora na qualidade de vida dos indivíduos após treinamento de higiene oral. Para responder estas questões foi utilizado a amostra de um ensaio clínico randomizado, o qual avaliou a eficácia do fio dental adjunto a escovação dental, comparado com a escovação sozinha, no tratamento da gengivite em adultos. Sessenta e cinco indivíduos foram randomizados em dois grupos experimentais: Grupo escovação dental manual sem o uso de fio dental (escova); Grupo escovação dental manual e uso de fio dental (escova+fio), os indivíduos receberam orientações semanais de higiene oral durante 60 dias. Para avaliar a autopercepção de melhora na QVRSB, a diferença mínima clinicamente importante (MID) foi estimada utilizando uma combinação de medidas âncoras e de distribuição para triangular em direção a um valor MID que foi estimado em 6,4 pontos nos escores de Oral Health Impact Profile (OHIP-14), classificando os indivíduos naqueles que alcançaram (≥MID) ou não (<MID) esse valor. Foram utilizados OHIP-14 e Índice Gengival (IG) para avaliar os desfechos desta tese que foram QVRSB e sangramento gengival ao longo do tempo. A análise de regressão Multinível de Poisson para medidas repetidas foi realizada para comparar os escores do OHIP-14 entre os grupos. As diferenças nas porcentagens médias de IG ao longo do tempo foram analisadas através de modelos lineares mistos. Após 60 dias, os regimes de higiene oral contribuíram para uma melhor percepção da QVRSB independente do uso do fio dental. Durante o acompanhamento, os indivíduos no grupo ≥MID mantiveram menores níveis de sangramento gengival até dois meses após as intervenções, entretanto após seis meses não houve diferença entre os grupos. Portanto, pode ser concluído que regimes de higiene oral contribuem para melhorar a QVRSB, além disso, indivíduos que percebem melhora na QVRSB após treinamento em higiene oral apresentam menores índices de sangramento gengival ao longo do tempo.
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