Narrativas contadas e escritas que agem: experiências de mulheres em ambientes educacionais e cooperativos
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Fecha
2022-06-29Primeiro membro da banca
Mendes, Chirley Rodrigues
Segundo membro da banca
Mafra, Rennan Lanna Martins
Terceiro membro da banca
Cardoso, Poliana Oliveira
Quinto membro da banca
Guimarães, Gisele Martins
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Estou sendo convidada a um movimento de (re)invenção de mim, de minha ética da existência, penso eu ao reflexionar com a tese. Ela que me convida à boniteza, à generosidade, ao encontro com o outro. Um cuidado de mim e uma inquietação e (per)formação que desconstrói o pré-estabelecido, a verdade universal e totalizante. Sigo a ética da verdade que carregam as palavras. Tomo cuidado com suas ações em mim e no mundo. Deixo-me afetar, deixo-me conectar-me, movimento-me e danço com o outro. Intervenho no mundo e em suas realidades, transformo minha vida em arte, um ciclo que me encoraja a pensar minha existência enquanto artista, já que por um tempo, meu sofrimento me levou a esquecer as bonitezas da caminhada, esqueci que estava a me (re)inventar diariamente, esqueci também que minha ética era provisória, que meus valores morais provinham do universal, e que eu precisava seguir minhas inquietações e produzir uma nova existência. Esse iniciar de escrita, que chega com um ar de surpresa e de desassossego vem para te convidar, também, a uma jornada. Essa que nos faz pensar sobre a produção da existência e faz refletir cotidianamente sobre nossas ações e processos investigativos. Pelo caminho, vou encontrando outras existências que generosamente compartilham suas narrativas, sejam elas escritas ou faladas, sejam elas por meio de corpos-textuais ou de sua presença. Não me permito aqui apequenar detalhes, nem mesmo hierarquizar importâncias, cada uma e um, à sua maneira, se torna indispensável para a escrita em ação que se apresenta. No entanto, o que posso contar, para te instigar a conhecer esse caminho, e assim passearmos juntos por entre trilhos, é que o querer que movia minha travessia buscou, mediada por experiências contadas pelas mulheres presidentes da Cooperativa-escola do Colégio Politécnico da UFSM, tecer narrativas, refletindo em que medida há espaço institucional para a atuação de jovens mulheres em espaços de poder e como se constroem as narrativas de si, atravessadas pelas experiências em ambientes educacionais e cooperativos. Assim sendo, nosso roteiro, possibilitou a construção coletiva de uma narrativa a partir de memórias sobre a cooperativa-escola, bem como a tecitura de contos, em certa medida ficcionais, que percorreram as estações a partir das narrativas e escritas de si. Essas fundamentadas e inspiradas em Margareth Rago, Amábile Tolio Boessio e Chirley Mendes. Foi possível, ainda, por meio de meu diário reflexivo, transpor reflexões referentes à ética da pesquisa e ao meu fazer científico, junto de um caminhar com Michel Foucault e Paulo Freire. Viajo também pela proposição transgressiva de bell hooks, dou passos com Guacira Lopes Louro ao pensar gênero na educação e encontro-me com Jean-Luc Moriceau que me apresenta a virada estética nos estudos organizacionais. Inspirada no verdadeiro encontro de Vladimir Safatle, surpreendo-me com tantos encontros e detalhes, estes indizíveis no sintetizar dessa viagem, mas que agem em mim. Assim, sigo pelos caminhos da boniteza, encontro a mim refletida em outras jovens e mulheres, (re)construo minha ética e sinto-me encorajada neste movimento de escritAção.
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