Acessibilidade à fórmula infantil no contexto do HIV
Resumo
Apesar do tratamento para a prevenção da transmissão vertical do Vírus da imunodeficiência humana (HIV) ser garantido no Brasil, existe uma série de fatores que podem dificultar o acesso da díade mãe-bebê aos serviços de saúde, e consequentemente comprometer a efetividade da terapia. Este estudo buscou investigar como é a acessibilidade de puérperas soropositivas para o HIV à fórmula infantil disponibilizada aos filhos nascidos expostos ao risco de transmissão vertical (TV). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada com puérperas HIV positivo e lactentes expostos, ambos usuários de um Hospital Universitário do interior do Rio Grande do Sul. A coleta de dados deu-se por meio de um questionário semiestruturado e de uma entrevista que foi gravada e, posteriormente, transcrita na íntegra e submetida à análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). Após a análise, emergiram três categorias: (1) Rede de atenção qualificada; (2) Acesso à fórmula infantil e (3) Orientações sobre o uso da fórmula infantil. Identificou-se que apesar da avaliação positiva emitida pelas mulheres, a rede de atenção local não funciona em sua integralidade para o binômio mãe-bebê, no que diz respeito ao acompanhamento deste na Atenção Básica. Todas as mulheres referiram ausência de dificuldades para o acesso à fórmula infantil, assim como todas foram orientadas quanto ao uso da mesma após o nascimento da criança, porém não foi possível aferir se tais recomendações estavam de acordo com o preconizado.
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