Trajetividades com outros-juntos: O que pode uma docência com a presença-vida surda na escola comum?
Fecha
2022-08-19Primeiro membro da banca
Possa, Leandra Bôer
Segundo membro da banca
Martins, Vanessa Regina de Oliveira
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta dissertação foi produzida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, na Linha de Pesquisa em Educação Especial, Inclusão e Diferença, na qual problematizei minha docência afetada pelo problema: como o professor pode funcionar na função-educador com a presença do surdo na escola comum? Busquei compreender como a função-educador pode se constituir e operar no contexto da educação de surdos em uma escola comum como potencializadora para pensar relações e experiências outras, de vida e de aprendizados. Abracei a noção de trajetividade cunhada por Virilio enquanto movimento teórico-metodológico, elegendo como materialidade de pesquisa um conjunto de experiências-marcas de minha docência na escola comum Fernandes Vieira, de Lajeado/RS. Operei, na analítica, com ferramentas-conceituais desenvolvidas pelos filósofos franceses Foucault, Deleuze e Guattari, junto a outros autores intercessores de seus pensamentos, a partir de uma perspectiva pósestruturalista. Busquei o entendimento e a problematiz(ação) da produção discursiva em que se assenta o cenário da educação colonizada-escolarizada de surdos pelos efeitos da racionalidade neoliberal e de documentos normativos que orientam a educação de surdos. Explorando minhas experiências-marcas, analisei efeitos dessa produção discursiva em minha docência pela posição-professor na dinâmica arborescente da educação maior. Operei com a emergência da função-educador e de uma educação menor na analítica das experiências-marcas pela trajetividade com a presença-vida surda por meio de práticas e experiências singulares vividas enquanto outros-juntos. Fazendo travessias da minha existência-docência, anunciei que, em meio a uma educação maior, dos planos, ações e políticas públicas de Estado, o professor pode libertar-se da posição-professor e funcionar na função-educador a partir de uma trajetividade ética e estética de vida com o outro. No escopo analítico produzido, os movimentos-conceitos de educação maior e menor não foram entendidos como contrários, e sim como cofuncionantes, assim como a posiçãoprofessor e a função-educador. A função-educador e suas experimentações minoritárias foram anunciadas como potencializadoras para pensar uma política vitalista na escola e um devir possível de uma educação outra com surdos como dispositivo de resistência e re-existência. As operações que se deram pelo meu viverpesquisar corroboram a insurgência de modos outros de docência e de educação e, consequentemente, produções outras de existências e relações com a presença-vida surda na escola comum, transgredindo as relações sujeitantes de saber-poderverdade. Ocupei-me da escrita ensaística enquanto Letícia-professora-pesquisadoratrajetiva, para fazer travessias de vida e de aprendizados, e sigo trajetiva a novas travessias pelos devires com outros-juntos.
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