Adolescência e suicídio: caracterização do fenômeno e estratégias preventivas
Fecha
2022-08-22Primeiro membro da banca
Patias, Naiana Dapieve
Segundo membro da banca
Pessoa, Alex Sandro Gomes
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O suicídio constitui um problema de saúde pública global que tem acometido incontáveis
indivíduos de todas as fases do desenvolvimento, cujo fenômeno não se esgota na vítima,
atingindo a sociedade como um todo, com implicações coletivas e consequências diretas e
indiretas aos envolvidos. Trata-se uma das principais causas de morte de jovens em nosso país,
sobretudo considerando a realidade gaúcha, estado que ostenta as maiores taxas de óbito por
suicídio do Brasil, fenômeno que, na maioria dos casos, pode ser evitado e prevenido. Assim,
o presente estudo teve o objetivo de investigar as possibilidades de inclusão da perspectiva de
prevenção ao suicídio nas ações do Papo de Responsa, um programa de prevenção às violências
heteroinfligidas desenvolvido pela Polícia Civil. Para tanto, buscou-se inicialmente caracterizar
a presença do suicídio nos registros policiais, a fim de verificar de que formas o fenômeno
acomete adolescentes e jovens, tanto em manifestações tentadas quanto em consumadas. Num
segundo momento, realizou-se uma revisão sistemática visando reunir e sintetizar estudos
disponíveis na literatura sobre prevenção ao suicídio na adolescência. Por último,
confeccionou-se o relato de uma experiência concreta com o escopo de discutir as
possibilidades de inclusão (ou não) da perspectiva de prevenção ao suicídio de adolescentes e
jovens ao Papo de Responsa, atuando em uma perspectiva intersetorial. Os resultados destes
estudos foram apresentados em três artigos independentes, e revelaram que o suicídio é um
fenômeno bastante presente na vida dos adolescentes, sobretudo na forma de tentativas, cujas
manifestações ocorrem na grande maioria das vezes nas próprias casas das vítimas, as quais
residem majoritariamente com suas famílias. Com relação a ações de prevenção, identificou-se
uma prevalência de práticas preventivas realizadas no contexto escolar e comunitário,
considerando-se a escola como “palco privilegiado” para tais ações, já que favorecem relações
interpessoais e a detecção precoce de agravos, levando a um maior custo-efetividade das
intervenções. Por fim, destaca-se que o Papo de Responsa, ao criar espaços de acolhimento,
escuta e orientação aos adolescentes, a partir do estabelecimento de relações horizontais com
estes e dialógica com outros setores, poderia incluir a perspectiva da prevenção ao suicídio e se
integrar à rede de atenção intersetorial para promoção do desenvolvimento integral de
adolescentes e jovens.
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