Líquido folicular eqüino na produção in vitro de embriões bovinos
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Date
2002-01-07Author
Pinto, Maicon Gaissler Lorena 
Primeiro orientador
Silva, Carlos Antonio Mondino
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O líquido folicular tem sido empregado na produção in vitro de embriões, embora ofereça o risco de transmissão de doenças. A utilização de líquido folicular heterólogo pode ser uma alternativa para se evitar a infecção por agentes específicos. Desse modo, foram avaliados os efeitos do Líquido Folicular Eqüino (LFe) sobre o desenvolvimento embrionário de oócitos bovinos. No primeiro experimento o LFe foi empregado como meio de manutenção de oócitos bovinos imaturos. No segundo experimento, o meio de maturação foi suplementado com diferentes concentrações de LFe. Os oócitos de ambos os experimentos foram obtidos de ovários coletados em abatedouro. Para o Experimento I, 1228 complexos cumulus-oócitos (CCO’s) foram distribuídos (13 repetições) em 3 tratamentos: T1, T2 e T3 e um grupo controle (C). No grupo controle e no T1, os oócitos foram maturados in vitro (MIV) por 24 e 18h, respectivamente. Os CCO’s do T2 e T3 foram expostos por 6h a 30ºC ao LFe e ao Líquido Folicular bovino (LFb), respectivamente, maturados por 18h. Para a MIV utilizou-se TCM 199. No Experimento II empregou-se 1045 CCO`s, distribuídos (11 repetições) em 3 tratamentos: T1, T2 e T3 e um grupo controle (C). O meio base de maturação fo TCM-199 acrescido de piruvato de sódio, rFSHh e LHe. Esse meio base foi suplementado com 10% de soro de égua em estro para o grupo controle, e 5, 10, e 20% de LFe para os tratamentos T1, T2 e T3, respectivamente. Os CCO`s foram submetidos a MIV por 24 horas. A fecundação in vitro (FIV) e o cultivo foram realizados sob as mesmas condições para os dois experimentos. A FIV foi realizada em meio Talp-Fert. A MIV e a FIV foram realizadas em estufa de cultivo a 39ºC com 5% CO2 em ar e umidade saturada. Os zigotos foram cultivados em meio SOFaaci, sob óleo mineral no interior de bolsas plásticas gaseificadas (Bag System). No Experimento I, a taxa de clivagem foi menor nos CCO´s maturados por 18h (T1, T2 e T3) do que por 24h (C). Não foram observadas diferenças nas taxas de blastocistos em D7 e de eclosão em D9. Quando a MIV foi de 18h, a taxa de blastocistos em D9 foi melhor naqueles oócitos expostos ao Líquido Folicular. No Experimento II, não foram observadas diferenças nas taxas de clivagem e eclosão. A produção de blastocistos no D7 e no D9 do T2 foi superior ao T1 (P<0,05). O LFe pode ser empregado na manutenção e maturação in vitro de oócitos bovinos proporcionando taxas de desenvolvimnto embrionário in vitro semlhantes aquelas obtidas nos grupos controle.
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