Syzygium cumini no diabetes mellitus iatrogênico em ratos: prevenção e tratamento
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Date
2001-04-11Author
Zanoello, Andréia Maria
Primeiro membro da banca
Schetinger, Maria Rosa Chitolina
Segundo membro da banca
González, Félix Hilario Díaz
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O presente estudo teve por objetivo investigar as propriedades antidiabéticas do Syzygium cumini (L.) skeels, uma planta comumente utilizada como terapia alternativa do diabetes mellitus, avaliando os efeitos do seu uso profilático e terapêutico sobre os níveis de glicose sanguínea em ratos. Em um primeiro experimento, a influência da planta sobre a eficiência diabetogênica do aloxano foi avaliada. Syzygium cumini foi oferecido na forma de chá, preparado a partir das folhas da planta, na concentração de 20g/l, como substituto da água, antes e durante os dias da administração do aloxano, para um grupo de 15 ratas adultas. Durante este período, outro grupo, numericamente igual, de ratas recebeu água como única fonte hídrica. Nos dias 17, 18 e 19 do experimento foi realizada a indução do diabetes mellitus, através da administração diária de 60 mg/Kg de aloxano, em todos os animais. A ingestão ad libitum da planta demonstrou, ao final de 16 dias de tratamento, ter um efeito hiperglicemiante. No quarto dia após a última dose de aloxano, os níveis glicêmicos dos animais pré-tratados com Syzygium cumini sofreram uma elevação de 49,86% em relação ao período anterior à indução, enquanto que esta taxa atingiu um índice de 177,96 % no grupo controle, tratado somente com aloxano. Além disso, o tratamento prévio com a planta evitou a perda de peso corporal, apresentada pelo grupo controle. Esses resultados indicam o efeito protetor do Syzygium cumini contra diabetes mellitus induzido por aloxano em ratos. Em um segundo experimento, foi avaliado o efeito anti-hiperglicemiante do chá de Syzygium cumini em um modelo experimental de diabetes. O chá foi preparado a partir das folhas Syzygium cumini, na concentração de 200 g/l, e administrado, na dose única de 25 ml /kg de peso corporal, para ratos com diabetes mellitus induzido por aloxano. Uma hora após terem ingerido a planta, os animais foram submetidos a um teste de tolerância oral à glicose. A ingestão da planta minimizou a flutuação na glicemia decorrente da carga de glicose, diminuindo a hiperglicemia aguda a partir dos 60 minutos após o desafio e favorecendo o seu retorno para níveis próximos aos de jejum, após ter decorrido 120 minutos do desafio. Estes resultados demonstram o efeito anti-hiperglicemiante do Syzygium cumini em ratos diabéticos, sugerindo sua potencialidade no controle da hiperglicemia pós-prandial em pacientes com diabetes mellitus tipo 1.
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