Obtenção e caracterização de óleo, proteína e etanol 2G de híbridos de canola semeados em diferentes épocas
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Data
2022-09-09Primeiro coorientador
Zabot, Giovani Leone
Primeiro membro da banca
Guedes , Jerson Vanderlei Carús
Segundo membro da banca
Mossi, Altemir José
Terceiro membro da banca
Abaide , Ederson Rossi
Quarto membro da banca
Dallago , Rogerio Marcos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Rica em óleo e proteína, a canola, Brassica napus é uma das principais culturas oleaginosas
cultivadas no mundo, sendo empregada tanto na alimentação humana e animal como na
produção de biocombustíveis. Além da ampla aplicação, a canola é uma cultura bem adaptada
em regiões frias, sendo promissora principalmente na região sul do Brasil. Visando encontrar
melhorias quanto à definição das épocas de semeadura e sistemas de colheita, além de formas
alternativas de produção de energias renováveis, este trabalho avaliou diferentes épocas de
semeadura de dois híbridos de canola submetidos à colheita direta e colheita por corteenleiramento, ambas com e sem aplicação de adjuvante selante. Além disso, propõe-se avaliar
a influência destes fatores na produção de óleo, proteína e açúcares fermentescíveis para
produção de etanol de segunda geração (2G). Esta Tese foi dividida em três etapas: na primeira,
foi desenvolvido o trabalho a campo com o cultivo de dois os híbridos de canola Hyola 575 CL
e Hyola 433, cultivados em três safras, 2019, 2020 e 2021, semeados em três épocas distintas.
Foram avaliados o desempenho produtivo, teor de óleo, proteína e método de colheita. Nesta
etapa foi observado que as primeiras épocas de semeadura apresentam maior produtividade de
grãos sendo a canola uma cultura extremamente sensível às condições climáticas tendo sua
produtividade e qualidade de grão afetadas pelas condições climáticas. O método de colheita
por corte-enleiramento com aplicação de adjuvante foi o método que resultou em menores
perdas na colheita. Na segunda etapa foi analisado o potencial de produção de açúcares
fermentescíveis a partir da hidrólise subcrítica da biomassa da canola. Os mais elevados teores
de açúcar foram encontrados nas síliquas de Hyola 433 com 10,2 g.100-1
g de biomassa e talos
de Hyola 575 CL com 11,5 g100-1
g de biomassa, ambos apresentando altos teores de xilose e
celobiose. Na terceira etapa, foram determinados os teores de ácidos graxos presentes no óleo
de canola e o potencial fermentativo dos hidrolisados na produção de etanol 2G. Foram
observados na composição do óleo altos teores dos ácidos oleico, linoleico e palmítico. A
utilização da biomassa de canola é promissora na produção de etanol 2G, alcançando
concentrações de até 31,48 % para o híbrido Hyola 575 CL na safra 2019. Assim, a cultura da
canola, além de conter altos teores de proteína e de óleo, com boa qualidade química, é uma
das principais matérias-primas para produção de biodiesel. Estas biomassas residuais
apresentam grande potencial para a produção de etanol, expandindo as possibilidades de
utilização e adesão da cultura.
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