Efeitos do controle orçamentário rígido no empowerment psicológico e engajamento no trabalho: um estudo em instituições federais brasileiras
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Data
2022-09-27Primeiro membro da banca
Zonatto, Vinícius Costa da Silva
Segundo membro da banca
Gomes, Débora Gomes de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente estudo tem como objetivo analisar os efeitos do controle orçamentário rígido no
empowerment psicológico e engajamento no trabalho, na perspectiva de gestores públicos com
responsabilidade orçamentária nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras.
O modelo teórico de análise visa testar as relações diretas do controle orçamentário rígido nas
dimensões de impacto, competência, significado e a autodeterminação do empowerment
psicológico e nas dimensões de vigor, dedicação e absorção do engajamento no trabalho. Para
tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa dos dados. Para a coleta
de dados a pesquisa foi operacionalizada por meio de questionário. Os dados foram tabulados
em planilha eletrônica e importados para o software SmartPLS, para o tratamento estatístico.
Os dados foram analisados mediante modelagem de equações estruturais (MEE) utilizando a
técnica baseada em mínimos quadrados parciais (PLS). Os resultados indicam que os gestores
públicos com responsabilidade orçamentária nas IFES brasileiras possuem a percepção de que
desenvolver a tarefa de controle orçamentário em uma unidade no setor público é de suma
importância para a manutenção e desenvolvimento das organizações. Esse fato indica que os
indivíduos identificaram a influência no trabalho por meio do impacto que a função
orçamentária apresenta para a gestão das IFES. Altos níveis de conhecimento nas rotinas e
processos orçamentários também foram identificados, inferindo-se que as habilidades da gestão
são suficientes para a realização das tarefas, mesmo frente às restrições orçamentárias. Por outro
lado, a baixa autonomia e participação orçamentária limitada tendem a reduzir a percepção de
significado e autodeterminação no trabalho prejudicando o planejamento dos gestores para a
execução orçamentária das Instituições. Além de reduzir o empoderamento psicológico dos
indivíduos. Observou-se que o vínculo dos gestores com o controle orçamentário das
Instituições torna os indivíduos mais envolvidos e comprometidos no trabalho. Esse fato indica
que mesmo diante dos desafios quanto ao contexto de restrições orçamentárias os gestores
retratam persistência, energia, dedicação de tempo e esforço no trabalho tornando-os mais
engajados dispondo de vigor, dedicação e absorção. Tais achados demonstram importantes
aspectos de análise para a melhoria das organizações, pois se presume que gestores mais
engajados no trabalho tendem a realizar o controle orçamentário, maximizando a eficácia apesar
dos cenários adversos. A pesquisa proposta contribui denotando os efeitos das características
da configuração orçamentária e seus reflexos consequentes em importantes aspectos cognitivos
e comportamentais dos indivíduos no trabalho.
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