Toxoplasmose gestacional: acompanhamento do pré-natal, parto e desfechos de pacientes atendidas no Hospital Universitário de Santa Maria
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Data
2022-04-12Primeiro membro da banca
Haeffner, Leris Salete Bonfanti
Segundo membro da banca
Resener, Elaine Verena
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Toxoplasmose gestacional é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, muitas vezes assintomática, porém pode ter consequências graves devido à possibilidade de danos fetais. Em 2018, a cidade de Santa Maria- RS sofreu um surto de toxoplasmose, considerado em números relativos, o maior surto de toxoplasmose do mundo, acometendo a população geral do município, e dentre elas as gestantes. Decorrente a isso o objetivo deste trabalho consiste na avaliação do acompanhamento de pré-natal e parto de gestantes com diagnóstico de toxoplasmose gestacional e definição dos desfechos neonatais em pacientes atendidos no serviço de obstetrícia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) – RS.Trata-se de um estudo quantitativo transversal, com abordagem retrospectiva, no período de janeiro de 2017 até outubro de 2019. Realizou-se uma análise descritiva e as variáveis quando quantitativas, foram expressas usando média e desvio padrão e as variáveis qualitativas foram expressas por meio frequência absoluta (n) e frequência relativa (%). O estudo respeitou os preceitos éticos contidos na Resolução CNS n.466/2012 e foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFSM (parecer nº 2.814.895 e CAAE 1 59366116.5.0000.5346). A população deste estudo foi composta por 108 gestantes com diagnóstico sorológico de toxoplasmose gestacional. Com relação a procedência destas pacientes, todas elas residiam em perímetro urbano sendo a grande maioria proveniente da periferia, das quais observou-se que 52 (54,2%) eram oriundas da zona oeste da cidade. Nenhum caso foi registrado na zona rural. A maioria das infecções foram primárias (94,4%) e houve 6(5,5%) casos de reinfecção. Sobre a sintomatologia, a maior parte das infectadas tiveram sintomatologia (54,7%) e o sintoma mais frequente foi a linfoadenomegalia. Foram realizadas 44 amniocenteses, destas, 2(4,5%) pacientes obtiveram resultado do PCR do líquido amniótico positivo, determinando infecção fetal. Dentre as positivas, todas tiveram desfecho gestacional desfavorável, com óbito fetal e óbito neonatal. Referente aos desfechos fetais, 90(83,3%) casos foram de recém-nascido vivo, 6(5,5%) casos de abortamento e 2(2,5%) casos de óbito fetal. Sobre o diagnóstico de toxoplasmose congênita, a maoria (53%) obtiveram resultado negativo para toxoplasmose congênita, enquanto 25,3% com resultado positivo. Grande parte das gestantes receberam tratamento durante a gestação. Sobre PCR da placenta, foram realizadas 24 análises, dentre estas, 2 com resultado positivo. O desfecho fetal em uma deles foi desfavorável com óbito fetal e ou outra com desfecho favorável de recém-nascido vivo.
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