Luxação patelar medial em cães
Abstract
A luxação patelar medial consiste no deslocamento da patela de sua
posição anatômica normal na tróclea femoral e é considerada uma das afecções
mais comuns da articulação fêmuro-tibio-patelar do cão. A causa pode ser de origem
traumática ou congênita, é mais comum em raças de cães miniatura e “toy” e
prevalece nas fêmeas. Os sinais clínicos variam de acordo com a gravidade da
luxação, de claudicação esporádica a impotência funcional do membro. Classifica-se
de primeiro a quarto grau conforme as alterações clínicas e patológicas encontradas.
O diagnóstico é feito pela avaliação clínica e radiográfica da articulação afetada. O
tratamento pode ser cirúrgico ou conservativo. A correção cirúrgica consiste em
estabilizar a patela na tróclea femoral e esta pode ser através de uma combinação
de técnicas. O tratamento conservativo contempla repouso e administração de
analgésicos. Os cuidados pós-operatórios são de suma importância para evitar
recidiva e garantir a total eficiência da terapia. As luxações de graus I, II, III
apresentam prognóstico favorável, já as de grau IV podem variar de reservado a
desfavorável conforme as deformidades existentes. O único método preventivo é
evitar a reprodução entre animais acometidos.