Alterações na microestrutura, causadas pela exposição às altas temperaturas, de argamassas com potencial formação de etringita tardia
Fecha
2022-11-01Primeiro coorientador
Vargas, Alexandre Silva de
Primeiro membro da banca
Pacheco, Fernanda
Segundo membro da banca
Venquiaruto, Simone Dornelles
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A formação de etringita tardia (DEF) é uma manifestação patológica que pode
ocorrer em concretos e em argamassas quando são empregados cimento com altos
teores de sulfatos no processo de fabricação e cura térmica em temperaturas
superiores a 70 ºC. A DEF causa fissurações que podem diminuir a vida útil do
material e agravar os danos sofridos em situações atípicas como um incêndio. Este
trabalho teve como objetivo avaliar as alterações microestruturais causadas pela
exposição a altas temperaturas em argamassas com potencial formação de etringita
tardia. Para isso, comparou-se traço de referência com traço em que a razão molar
SO3/Al2O3 foi alterada para 1,1, para favorecer a ocorrência de DEF. Após a
produção dos corpos de prova (CPs), esses foram submetidos a uma cura úmida
inicial, por 12 horas, a 23 ou 80 ºC, seguida de uma cura úmida a temperatura
ambiente, durante 96 dias, para simular a deterioração e posterior recristalização da
etringita. Na sequência, os CPs foram mantidos por 56 dias em ambiente controlado
a 23 ± 2 ºC e umidade de 50 ± 5 %, para estabilizar a umidade interna e evitar
possíveis desplacamentos durante o aquecimento devido a evaporação da umidade.
Após o período de condicionamento da umidade, os CPs foram aquecidos a uma
taxa de 1 ºC/min até os patamares de 200, 400, 600 e 900 ºC. Verificou-se, por meio
das técnicas de difração de raios-x e microscopia eletrônica de varredura, que as
argamassas com razão molar SO3/Al2O3 igual a 1,1 apresentaram maior incidência
de etringita com morfologia do tipo II, que possui caráter expansivo. Além disso, o
processo de cura acarretou em decomposição da etringita. Em relação ao
aquecimento, para os corpos de prova submetidos a 200 ºC, observou-se que não
houve aumento de intensidade dos picos de portlandita nas amostras curadas
termicamente. Quanto à alteração da razão molar SO3/Al2O3, sua influência ficou
evidente nas amostras aquecidas aos patamares 600 e 900 ºC em que se observou
a presença de anidrita, que pode dificultar a recuperação do material em um cenário
pós incêndio. Portanto, conclui-se que a argamassa com maior potencialidade para
a ocorrência de DEF pode, também, apresentar maiores danos quando submetida a
altas temperaturas, como por exemplo, na ocorrência de um incêndio.
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