Relação entre Covid-19, marcadores inflamatórios, intubação orotraqueal, respiração e voz
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Data
2022-11-25Primeiro coorientador
Cielo, Carla Aparecida
Primeiro membro da banca
Schwarz, Karine
Segundo membro da banca
Bastilha, Gabriele Rodrigues
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Objetivo: Verificar a relação entre os marcadores biológicos de inflamação Ddímeros e Proteína C-Reativa, Capacidade Vital, Tempo Máximo de Fonação,
performance e fadiga vocal, tempo de internação e sexo das pessoas acometidas
pela COVID-19 que foram internadas, mas não fizeram uso da intubação orotraqueal
e comparar com um grupo de pacientes pós-COVID-19 com intubação orotraqueal.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal e quantitativo. Os critérios de inclusão
foram: sexo masculino ou feminino; idades entre 20 e 65 anos; internação prévia
com diagnóstico médico de COVID-19 com ou sem intubação orotraqueal. Critérios
de exclusão: relato ou diagnóstico de alterações neurológicas, endocrinológicas,
psiquiátricas, gástricas ou de alteração laríngea ou vocal prévia à COVID-19; não
passar na triagem audiológica; declarar-se fumante ou etilista. Foram realizados:
pesquisa de dados antropométricos e de resultados de avaliações em prontuário
médico; anamnese; triagem auditiva; espirometria; coleta dos tempos máximos de
fonação; aplicação de instrumentos de autoavaliação de performance e fadiga vocal.
Participaram do estudo 42 casos de pessoas adultas acometidas pela COVID-19
que foram internadas, sendo 22 (52,4%) do sexo feminino e 20 (47,6%) do sexo
masculino, enquanto 23 (54,8%) deles eram críticos compondo o grupo com
intubação orotraqueal (média de idade de 48,9 anos) e 19 (45,2%) graves do grupo
sem intubação orotraqueal (média de idade de 49,89 anos). Resultados: Os
resultados mostram que o grupo com intubação orotraqueal precisou ficar mais
tempo internado (25,8 dias) versus o grupo sem intubação orotraqueal (10,7 dias).
Sobre os marcadores biológicos de inflamação 22 (95,7%) do grupo com intubação
orotraqueal apresentaram resultados alterados de D- dímeros versus 14 (73,7) do o
grupo sem intubação orotraqueal. As correlações entre Tempos máximos de
fonação, Índice de fadiga vocal e Questionário de performance vocal são
estatisticamente significantes. Com resultados abaixo do esperado nos resultados
dos Tempos máximos de fonação de /a/, /s/ e /z/. 41 (97,6%) dos pacientes
apresentaram resultado alterado no questionário de performance vocal. O grupo com
intubação orotraqueal 12 (52,2%) apresentou alteração no Índice de fadiga vocal.
Sobre a Capacidade vital em relação com o sexo e intubação orotraqueal mostram
que 32 (76,2%) estão dentro dos valores preditos. Conclusão: Os pacientes com
Intubação orotraqueal tem maior tempo de internação com aumento dos marcadores
inflamatórios, apresentam alterações vocais com escores aumentados do
questionário de performance e fadiga vocal e os tempos máximos de fonação
rebaixados em relação à normalidade, podem ser justificados pelos sintomas
persistentes após o quadro agudo da doença. A capacidade vital estava com os
valores esperados devido ao tempo entre a alta hospitalar e as avaliações.
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