Deglutição e aspectos nutricionais em idosos institucionalizados
Fecha
2022-10-14Primeiro membro da banca
Coertjens, Patrícia Chaves
Segundo membro da banca
Stella, Angela Ruviaro Busanello
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O processo de envelhecimento é o período de acentuação das limitações
morfofisiológicas, o qual pode predispor o indivíduo a um estado de maior
vulnerabilidade às patologias e aos agravos, comprometendo a qualidade de vida.
Neste sentido, o perfil epidemiológico da população idosa é caracterizado pelas
multicomorbidades, pela polifarmácia e pela prevalência elevada da mortalidade e da
morbidade, todas decorrentes de condições de agudizações pela doença crônica.
Adicionalmente, alterações na função da deglutição podem comprometer o estado
nutricional e interferir negativamente nas condições de saúde e na estimativa de vida
do idoso. O objetivo do presente estudo foi avaliar e relacionar as características da
deglutição, do estado nutricional e hematológico em idosos institucionalizados, além
de comparar os grupos pelos escores de estimativa de vida. Trata-se de um estudo
com delineamento transversal, analítico, observacional, não-controlado, com 13
idosos moradores de uma instituição de longa permanência (ILPI). A avaliação
nutricional foi realizada por meio da aferição de bioimpedância elétrica; aferição das
circunferências abdominal, de panturrilha, de braço e mensuração da prega
subescapular. Complementando as medidas antropométricas, foi realizada a
miniavaliação nutricional (MNA®). Como forma de avaliar a força muscular do idoso,
foi realizado o teste de força de preensão palmar. Para avaliar a deglutição, foi
utilizado o protocolo fonoaudiológico de avaliação do risco para disfagia (PARD) e o
Eating Assessment Tool (EAT-10). Por fim, calculada a estimativa de vida, pelo Índice
de comorbidade Charlson modificado para idade (ICCI). Como resultados, foram
estratificados em dois grupos pela ICCI. No grupo com alto risco de mortalidade (n=8),
destaca-se sobrepeso em 5 (62,5%); risco cardiovascular em 4 (50%); desnutrição em
4 (50%) e risco para disfagia em 3 (37,5%). Enquanto que no grupo com menor risco
de mortalidade (n=5), o sobrepeso foi em 4 (80,0%); o risco cardiovascular em 4
(80,0%); a desnutrição em 1 (20,0%) e o risco para disfagia em 4 (80,0%), além disso,
estavam presentes sem diferença estatística entre os grupos. A dinapenia 4(50%) foi
encontrada no grupo com maior risco de mortalidade (p= 0,05). Foi encontrada
associação negativa e moderada entre a MNA® e o risco para disfagia (rho= - 0,59;
p=0,03), moderada entre MNA® e ICCI (rho=0,62; p=0,02) e relação negativa e forte
entre risco de deglutição e a FPP (rho - 0,67; p= 0,01). Portanto, no presente estudo,
mostrou que os idosos institucionalizados, com alto risco de mortalidade,
apresentaram multimorbidade, sobrepeso, dinapenia e risco para disfagia. E os idosos
com maior risco para disfagia também apresentavam maior risco para desnutrição. A inclusão
do ICCI, em uma instituição de longa permanência, pode ser uma estratégia de
acompanhamento e de estabelecimento de estratégias de cuidado multidisciplinar.
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