Mediações comunicativas do trabalho “criativo”: novos caminhos, mapas antigos
Fecha
2022-10-25Primeiro membro da banca
Storch , Laura Strelow
Segundo membro da banca
Grohmann, Rafael do Nascimento
Terceiro membro da banca
Paulino , Roseli Aparecida Figaro
Quarto membro da banca
Ronsini , Veneza Veloso Mayora
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A tese intitulada Mediações comunicativas do trabalho “criativo”: novos caminhos, mapas
antigos parte da compreensão de que o trabalho atravessa mudanças culturais e
comunicacionais importantes em nossa época e, portanto, a questão-norteadora considerou a
dimensão comunicacional do trabalho por meio das mediações comunicativas propostas
por Jesús Martín-Barbero. O objetivo principal desta tese investigou as mediações
comunicativas do trabalho na indústria criativa brasileira para a construção de um mapa
comunicacional sobre o trabalho criativo, baseado em uma apropriação e interpretação do
terceiro mapa elaborado por Martín-Barbero (2009) e sistematizado por Maria Immacolata
Vassallo de Lopes (2009; 2014). Partindo desta apropriação, foi proposta uma leitura do
mapa com uma análise do trabalho criativo através das mediações comunicativas. Nesta
pesquisa, é importante destacar que o termo “criativo” associado a trabalho não é lido de
forma neutra, mas compreendido como uma perspectiva neoliberal que associa criatividade a
uma esteira de produção capitalista. A metodologia utilizada foi uma combinação de técnicas
em diferentes períodos (2018, 2019 e 2020) composta por uma entrevista em profundidade,
um questionário online com 40 respondentes e 11 diários de trabalho online. A adaptação dos
métodos para o formato online comportou o período de pandemia da Covid-19 (2020). Por
fim, temos as mobilidades do trabalhador criativo (a subjetividade neoliberal de uma
classe trabalhadora multifacetada) mediadas por uma identidade adjetivada (focada na
autonomia e na ideia de flexibilidade) e por uma cognitividade que negocia referências
criativas (por meio da inovação e da repetição) e subjetividades criativas (motivação,
propósito, cansaço mental, crise da criatividade). No outro pólo, temos fluxos do trabalho
criativo situados na digitalização, na imaterialidade e na plataformização dos processos
produtivos. Esses fluxos são mediados por tecnicidades (concentram essa imaterialidade e
foco na experiência e vivência, entendendo a internet enquanto uma ferramenta possível de
trabalho) e ritualidades (rotinização do cotidiano criativo e da internet como espaço de
trabalho). No outro sentido do mapa, entre tempos e espaços do trabalho criativo, temos a
temporalidade da urgência e da multitarefa, assim como as espacialidades do público/privado
misturadas nos mesmos cotidianos domésticos e profissionais. Os tempos do trabalho
criativo são mediados pelas identidades da multi-atenção e pelas tecnicidades da internet
como ferramenta. Por sua vez, os espaços do trabalho criativo concentram as
cognitividades da motivação e mobilização (subjetividades) e da noção de “espaço
potencialmente criativo” para o trabalho, assim como pelas ritualidades da internet como
espaço (trabalhar na internet) possível de expressão e produção do trabalhador criativo.
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