Estilos parentais e clima familiar em contexto pandêmico: um estudo com adolescentes brasileiras/os
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Data
2023-01-30Primeiro coorientador
Pereira, Caroline Rubin Rossato
Primeiro membro da banca
Siqueira, Aline Cardoso
Segundo membro da banca
Abaid, Josiane Lieberknecht Wathier
Metadata
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O desenvolvimento humano é influenciado pelos contextos familiar, social, situacional,
cultural, econômico, dentre outros. Posto isso, a família é um importante microssistema de
desenvolvimento adolescente, no qual mães, pais e/ou cuidadores exercem a sua
parentalidade, de maneira a educar seus filhos, por meio das práticas educativas e dos estilos
parentais. Da mesma forma que as práticas e os estilos parentais influenciam o
desenvolvimento, o clima familiar também é um fator a ser levado em consideração, quando
se trata de desenvolvimento adolescente protetivo ou de risco. Tendo em vista a pandemia
da COVID-19, as relações de mães, pais e filhos e sociais modificaram-se, promovendo
assim, impactos diretos nas relações familiares. Diante disso, objetiva-se com este estudo
analisar os estilos parentais, e o clima familiar a partir da percepção de adolescentes
brasileiras/os durante a pandemia da COVID-19. Para tanto, dois estudos foram realizados,
no estudo 1, o método adotado foi quantitativo, levantamento ou survey e transversal. No
que refere-se ao estudo 2, foi utilizado método quantitativo, transversal e correlacional. Tais
estudos resultaram de uma pesquisa com 504 adolescentes brasileiros com idades entre 12 a
18 anos (M = 15,00; DP = 1,97). Os adolescentes responderam, de modo on-line, a um
questionário sociodemográfico, a Escala de Responsividade e Exigência Parental e um
Inventário de Clima Familiar - ICF. Os dados derivados dos estudos empíricos foram
submetidos à estatística descritiva, análise de frequência, testes Qui-quadrado, U de MannWhitney, Kruskal-Wallis, correlação de Spearmann e regressão linear múltipla. Os principais
resultados dos estudos 1 e 2, indicaram maior percentual de mães e pais como estilo parental
percebido pelos adolescentes como autoritativo/competente, seguido do estilo negligente.
Houve diferenças significativas nas comparações entre os grupos, em que se percebeu
influências de fatores sociodemográficos, os quais pode-se destacar o gênero, tipo de escola,
faixa etária, configuração familiar, estados de residência, ocupação da mãe e do pai. Além
disso, verificou-se associação entre o clima familiar positivo e negativo com os estilos
maternos e paternos, assim como houve correlações positivas e negativas entre as variáveis
das subescalas do ICF com a exigência, responsividade materna, paterna e combinada.
Ademais, a responsividade materna foi identificada como preditora de clima familiar
positivo. Conclui-se que são necessárias intervenções que visem à promoção do estilo
parental autoritativo/competente e do clima familiar positivo, os quais possuem influências
em termos de desenvolvimento adolescente protetivo.
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