A atuação internacional de cidades pequenas: um estudo de caso para cidade de Marau - RS
Resumo
O sistema internacional sofreu grandes mudanças no pós-Guerra Fria, permitindo a participação
de diversos atores para além do Estado-nação. Esse movimento incluiu grupos subnacionais,
que passaram a se organizar e se inserir nas dinâmicas internacionais e nos fluxos da
globalização, principalmente quando o Estado era incapaz de atender a seus interesses. A esse
fenômeno damos o nome de paradiplomacia. Ainda muito recente no Brasil e no mundo, a
atuação internacional de entes subnacionais - estados e municípios - ainda se restringe muito a
cidades grandes, por essas disporem de mais recursos, capacidade técnica e projeção global. No
entanto, o Brasil é um país de cidades pequenas: dos 5570 municípios brasileiros, pouco mais
de 600 passam dos 50 mil habitantes. Se os efeitos das relações internacionais estão cada vez
mais presentes no dia a dia do cidadão, por que a ação internacional se restringe apenas aos
grandes centros? Diante disso, a presente pesquisa busca analisar a possibilidade de uma
inserção internacional por parte de um município de pequeno porte, a partir de um estudo de
caso para a cidade gaúcha de Marau, no noroeste do Rio Grande do Sul. Para isso, três objetivos
são traçados: 1) investigar a existência de um projeto prévio ou em andamento de cunho
internacional no município, entendendo as dinâmicas de funcionamento da gestão pública
marauense; 2) analisar um caso modelo, ou seja, uma cidade de porte parecido ao de Marau,
com ações paradiplomáticas de sucesso, sendo escolhida aqui a cidade islandesa de Kópavogur
e a sua localização dos ODS, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; e 3) a criação de
um projeto prático de inserção internacional para Marau, usando dos ODS como
impulsionadores para tal.
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