Controle postural pré e pós intervenção presencial ou domiciliar em pacientes com osteoartrose de joelho: um ensaio clínico randomizado
Fecha
2022-08-24Primeiro coorientador
Soares, Juliana Corrêa
Segundo coorientador
Mota, Carlos Bolli
Primeiro membro da banca
Silveira, Aron Ferreira da
Segundo membro da banca
Say, Karina Gramani
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A osteoartrose (OA) de joelho é uma doença crônica, degenerativa, multifatorial e de curso
progressivo que provoca diversas alterações musculoesqueléticas como a redução de força, diminuição
da amplitude de movimento e flexibilidade, maiores níveis de dor e diminuição da propriocepção e do
controle postural. O controle postural provê a estabilidade e condições aos indivíduos de assumir e
manter a posição corporal almejada, estando reduzido juntamente com a capacidade funcional geral
em pacientes com OA. Para reduzir essas alterações, uma das estratégias de intervenção é o exercício
físico. O objetivo desta dissertação foi avaliar o controle postural de pacientes com OA de joelho pré e
pós protocolo de exercícios aplicados de forma presencial ou com orientações domiciliares.
Participaram do estudo 48 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 40 e 65 anos e com
diagnóstico clínico de OA de joelho. Os pacientes foram avaliados em relação a capacidade funcional
(questionário Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index, WOMAC), velocidade
da marcha (teste de caminhada de 40 metros) e controle postural (plataforma de força, AMTI, modelo
OR6-6-2000). O controle postural foi avaliado nas condições olhos abertos e olhos fechados, com e
sem uso de superfície de espuma (Airex balance pad), em três tentativas de 30 segundos, com
intervalo de descanso entre elas de 1 minuto. A frequência de aquisição foi de 100 Hz e os dados
foram filtrados pelo filtro digital Butterworth de quarta ordem e frequência de corte de 10 Hz, e
processados por meio de uma rotina Matlab. Após as avaliações foi feita a randomização dos
participantes em dois grupos: grupo de exercícios presenciais em grupo (GEG) (n=23, 56,22±7,51
anos, 85,60±17,86 kg, 1,59±0,09 m e IMC 33,61±5,94 kg/m²) e grupo de exercícios domiciliares
(GED) (n=25, 57,76±5,46 anos, 85,30±15,43 kg, 1,61±0,08 m e IMC 33,30±7,28 kg/m²). Os dois
grupos seguiram o mesmo protocolo de exercícios com duração de 6 semanas. O GEG realizou duas
sessões de exercícios presenciais por semana, em grupos compostos por 4 a 5 sujeitos e o GED
realizou uma sessão de exercícios presenciais e individuais semanalmente e outra em domicílio. Os
resultados demonstraram que os grupos apresentaram melhora nos domínios do WOMAC, dor
(p<0,001), rigidez (p<0,001), função (p<0,001), total (p<0,001) após o tratamento, sendo que não
houve diferenças entre os grupos para dor (p=0,85), rigidez (p= 0,72), função (p= 0,84) e escore total
(p= 0,89). Ambos os grupos melhoraram sua velocidade de caminhada (p<0,001) após o tratamento,
independente do grupo alocado. Em relação ao controle postural, não houveram diferenças
estatisticamente significantes nas variáveis de deslocamento do centro de pressão (anteroposterior e
médio-lateral) pré e pós intervenção com exercícios, independente do grupo. Já em relaçao a variável
velocidade do centro de pressão, os pacientes aumentaram pré e pós tratamento na condição de olhos
fechados. Pacientes com OA de joelho submetidos a protocolo de exercícios presenciais ou com
orientações domiciliares não apresentaram melhora no controle postural após a intervenção. Os
pacientes apresentaram aumento na velocidade de caminhada e em todos os domínios do WOMAC
independente do grupo que realizaram as atividades.
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