Autonomia docente no novo ensino médio: possibilidades e constrangimentos no contexto do RS
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Data
2022-12-02Primeiro membro da banca
Felício, Helena Maria dos Santos
Segundo membro da banca
Gama, Maria Eliza Rosa
Terceiro membro da banca
Zambon, Luciana Bagolin
Quarto membro da banca
Tomazzeti, Elisete Medianeira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este projeto de pesquisa foi elaborado a partir de estudos realizados no âmbito do Grupo de Estudos,
Pesquisa e Intervenções “Inovação Educacional, Práticas Educativas e Formação de Professores”
(INOVAEDUC) e está vinculado ao Projeto Guarda-Chuva sob o número 045936 “Necessidades para
o Trabalho Docente em Escolas Públicas para a Permanência Efetiva e a Aprendizagem Qualificada
de Alunos de Ensino Médio no Brasil (NETRADOCEM)”. A Autonomia Docente é um processo
complexo, vista como um aspecto importante na qualidade da educação. Ter autonomia é fazer com
que o profissional desenvolva qualidades na prática educativa. A Autonomia Docente é vista como
qualidade do fenômeno educativo que não se aplica apenas à qualidade profissional, consiste na
consciência sobre a docência, sobre o fazer e sobre o ser professora, sobre o sentido do ensino e da
educação na sociedade, só assim será possível alcançar a real concepção da “autonomia profissional”.
Destacamos que, para termos êxito e sucesso na educação escolar, devemos investir na autonomia
profissional, no prestígio, no respeito e na confiança no trabalho docente, além de em condições de
trabalho e um ambiente profissional adequado. Destaca-se que não é possível desvincular a autonomia
docente das reformas curriculares. A recente reforma do Novo Ensino Médio, oriunda da Lei 13.415 de
2017, propõe inúmeras mudanças para esse nível de ensino. Tais mudanças só terão efeitos positivos
se ações como a reestruturação dos currículos, a partir das prescrições e das orientações presentes
no texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), tiverem seus impasses resolvidos, como a
compreensão da proposta pelos professores e uma organização mais sólida por parte da SEDUC/RS.
Assim, o interesse da nossa pesquisa também surgiu a partir das ações extensionistas desenvolvidas
pelo Grupo INOVAEDUC, nas quais foi possível perceber, em discursos das professoras de Ensino
Médio, inquietações relacionadas a sua autonomia diante das orientações oriundas das normativas
legais. É nesse ponto que nossa pesquisa se situa, a Lei da reforma do Ensino Médio, no contexto da
prática e da percepção dos sujeitos – as professoras – sobre sua autonomia, sua subjetividade - sobre
os textos, a forma de leitura e tradução desses textos, as formas que concebem e se apropriam deles
e das orientações propostas, dos processos de reinterpretação que realizam e que afetam a produção
de significados. Tomamos como foco desta pesquisa a “Autonomia Docente na Implementação do Novo
Ensino Médio”. A partir dele objetivou-se compreender as possíveis formas pelas quais a autonomia
docente se desenvolve no processo de mudança do currículo na implementação do Novo Ensino Médio.
Para orientar o desenvolvimento desta pesquisa na perspectiva de alcançar esse objetivo,
estabelecemos o seguinte problema de pesquisa: Que relações podem ser estabelecidas entre a
autonomia docente e as mudanças curriculares no contexto da implementação do Novo Ensino Médio
em escolas da Rede Escolar Pública do RS mantidas pela 8ª CRE/SEDUC/RS? Para responder a esse
problema, realizamos uma pesquisa empírica de natureza qualitativa. Para isso, utilizamos duas fontes
para a coleta de informação (1) Sujeitos: professores e (2) membros da equipe de coordenação
pedagógica; atuantes nas escolas piloto de Ensino Médio da Rede Escolar Pública Estadual do RS, na
região da 8ª CRE/SEDUC/RS, RS. Como instrumentos para coleta de informações realizamos
entrevistas com essas professoras e coordenadoras. Para a organização e tratamento das informações
coletadas, utilizamos as orientações básicas da chamada “Teoria Fundamentada”. O estudo
possibilitou relacionar os movimentos realizados pelas escolas-piloto diante das formas que a
autonomia docente de desenvolve em elementos como, estratégias, ações e decisões. Na relação da
autonomia docente com as mudanças curriculares no processo de implementação do NEM, elencamos
alguns aspectos: relação da autonomia docente e a falta de orientações e formações especificas;
autonomia docente e a organização escolar de natureza organizacional e didático pedagógicos; a
autonomia docente e a Matriz de Referência; autonomia docente e a diminuição da carga horária;
autonomia docente e as dificuldades dos planejamentos didáticos pedagógicos; autonomia docente nas dificuldades das programações escolares; autonomia docente na dificuldade de elaboração e
compreensão dos componentes dos Itinerários Formativos.
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