Percepção de fala de idosos usuários de próteses auditivas com diferentes microfones e algoritmo redutor de ruído
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Date
2015-01-15Primeiro membro da banca
Menegotto, Isabela Hoffmeister
Segundo membro da banca
Biaggio, Eliara Pinto Vieira
Terceiro membro da banca
Garcia, Michele Vargas
Quarto membro da banca
Bortoluzzi, Sônia Maria Figueira
Metadata
Show full item recordAbstract
OBJETIVOS: Avaliar o efeito do redutor de ruído e do microfone direcional na percepção de fala no ruído, em idosos, novos usuários de próteses auditivas, e verificar qual recurso proporcionou melhor inteligibilidade de fala; investigar a autopercepção do desempenho com o uso das próteses auditivas com diferentes ajustes e analisar se há relação com o reconhecimento de fala na presença de ruído; identificar o melhor desempenho dos idosos novos usuários de próteses e analisar quais aspectos influenciaram: ajustes das próteses auditivas e/ou fatores individuais como grau e configuração da perda auditiva, triagem cognitiva e habilidades de figura-fundo para sons verbais e ordenação temporal auditiva. METODOS: O grupo estudado foi composto por 36 indivíduos, com idade entre 60 e 87 anos, perda auditiva neurossensorial de grau leve a moderadamente severo, em processo de adaptação das próteses auditivas.Os mesmos foram avaliados por meio do teste Listas de Sentenças em Português Brasileiro, em campo sonoro, e assim obtidos os índices percentuais de reconhecimento de sentenças no ruído (IPRSR) com as próteses auditivas, com diferentes ajustes: microfone omnidirecional, redutor de ruído e microfone omnidirecional, microfone direcional, e redutor de ruído e microfone direcional . Para investigar a autopercepção com as diferentes programações, foi aplicado o questionário de autopercepção com o uso das próteses auditivas, desenvolvido para este estudo. Já para averiguar os fatores que pudessem influenciar no desempenho do idoso com o uso das mesmas, foram utilizadas as médias tritonais das frequências de 500,1000 e 2000 Hz e 3000, 4000 e 6000 Hz. Também foram aplicados os seguintes testes: triagem cognitiva, teste dicótico de dígitos, e teste padrão de duração. RESULTADOS: Em relação aos resultados do teste LSP, quando fala e ruído foram apresentados a 0º/0º azimute, as medianas dos escores de acertos do IPRSR foram de 76,74% com o microfone omnidirecional; 84,95% com o redutor de ruído e microfone omnidirecional; 84,40% com o microfone direcional; e 86,63% com o redutor de ruído e microfone direcional. Já quando o ruído foi apresentado a 0º/180º, as medianas foram de 77,4% com microfone omnidirecional 83,79% com o redutor de ruído e microfone omnidirecional; 89,46% com o microfone direcional; e 91,99 com o redutor de ruído e microfone direcional. Não foi encontrada correlação entre os IPRSR obtidos com os diferentes ajustes e a pontuação do questionário de autopercepção com o uso das próteses auditivas. Uma vez que avaliações clínicas tendem a mostrar resultados divergentes em relação aos encontrados em questionários de autoavaliação, medidas objetivas e subjetivas devem ser associadas para a verificação de possíveis benefícios proporcionados pelo microfone direcional e redutor de ruído. Quando fala e ruído vieram da mesma direção (0/0º azimute), não houve predominância um dos ajustes no melhor desempenho no IPRSR. Já na condição que o ruído incidiu atrás do sujeito (0/180° azimute), o microfone direcional e este associado ao redutor de ruído foram imprescindíveis para o melhor desempenho. Houve correlação entre o IPRSR a 0/0º e o teste dicótico de dígitos. CONCLUSÕES:Foram observados melhores resultados no teste de sentenças no ruído com o uso do redutor de ruído e do microfone direcional nas duas situações de avaliação, porém, quando fala e ruído estavam separados espacialmente, o microfone direcional proporcionou um desempenho ainda mais satisfatório. Em relação autopercepção do desempenho com o uso de próteses auditivas, não foi encontrada correlação entre os resultados do questionário e do teste de fala no ruído, com as quatro diferentes possibilidades de ajustes analisadas neste estudo. Quanto aos aspectos que pudessem influenciar do desempenho com as próteses auditivas, sugere-se que a habilidade auditiva de figura- fundo para sons verbais, mostrou ter influência no desempenho comunicativo do idoso quando o ruído incidiu a 0º/0º; já a 0º/180º, o microfone direciona e este associado ao redutor de ruído auxiliaram o indivíduo a responder os estímulos apresentados de maneira mais eficiente.
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