As políticas educacionais gaúchas no governo Eduardo Leite (2019-2021): uma manifestação singular da subsunção do trabalho pedagógico ao capital
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Data
2022-12-16Primeiro coorientador
Calheiros, Vicente Cabrera
Primeiro membro da banca
Santos Júnior, Claudio de Lira
Segundo membro da banca
Machado, Célia Tanajura
Terceiro membro da banca
Souza, Maristela da Silva
Quarto membro da banca
Prieb, Sergio Alfredo Massen
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O capitalismo vivencia atualmente uma crise estrutural, que coloca em voga o desemprego
crônico, a destruição das forças produtivas, a impossibilidade de igualdade entre os seres
humanos e o confronto de interesses entre Estado e capital global. Essa realidade se manifesta
em todas as esferas sociais, inclusive na educação, em que emanam do Estado políticas
educacionais. No Rio Grande do Sul, com o início do governo de Eduardo Leite, do Partido da
Social Democracia Brasileira (PSDB), as reformas aprovadas, além do contexto pandêmico da
covid-19, influenciaram diretamente o trabalho pedagógico. Tendo isso em vista, elaborou-se
a seguinte problematização: no atual contexto, o que as políticas públicas educacionais do
governo de Eduardo Leite objetivam quanto às condições e funções do trabalho pedagógico na
rede estadual de Educação Básica rio-grandense? Como hipótese, pressupôs-se que as políticas
educacionais do Governo do Estado do Rio Grande do Sul podem adequar o trabalho
pedagógico às demandas sistêmicas, com intensificação da precarização das condições de
trabalho, objetivando características de polivalência, liofilização, aumento de trabalho morto,
flexibilidade e intensificação do trabalho. Além disso, em relação às funções do trabalho
pedagógico, partiu-se do pressuposto de que tais políticas contribuíram na formação de força
de trabalho com características necessárias ao atual contexto do mundo do trabalho da Indústria
4.0. Para a realização da investigação proposta, foram utilizadas a pesquisa bibliográfica e a
análise documental, com fundamentação no Materialismo Histórico-Dialético como aporte
teórico-metodológico. Os dados produzidos possibilitaram a formulação de que, partindo da
relação de subsunção do trabalho pedagógico ao capital, as políticas educacionais de Leite
manifestam, em sua singularidade, a objetivação da adaptabilidade às demandas sistêmicas,
possibilitando a precarização das condições de trabalho e maior dificuldade de acesso a direitos
e benefícios historicamente conquistados pela categoria do magistério. E, quanto a funções,
visa à formação de força de trabalho com características do trabalho uberizado, tais como
polivalência, liofilização, flexibilidade e intensificação do trabalho.
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