O que pode a escola? Um olhar sobre práticas inclusivas e vidas vulnerabilizadas
Fecha
2022-12-19Primeiro membro da banca
Hattge, Morgana Domênica
Segundo membro da banca
Camillo, Camila Righi Medeiros
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta pesquisa de Mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em
Educação (PPGE), Linha de Pesquisa LP3 – Inclusão, Educação Especial e
Diferença, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), constitui-se como mais
uma investigação produzida no âmbito do Grupo de Pesquisa Diferença, Educação e
Cultura – DEC/CNPq/UFSM. O objetivo foi o de compreender os significados sobre
escola construídos por alunos egressos da EMEF Chácara das Flores e as
possibilidades de existência e resistência produzidas como efeito do vivido nela, tratase de uma pesquisa ancorada teórico-metodologicamente na perspectiva Pósestruturalista, com inspiração em autores como o filósofo Michael Foucault e
pesquisadores nacionais que embasam suas pesquisas a partir dos estudos
foucaultianos, como Walter Kohan, Silvio Gallo, Alfredo José da Veiga-Neto, dentre
outros. A partir da inspiração em Ferraço e Alves (2015), esse estudo propôs uma
ressignificação sobre os sentidos e compreensões de se fazer pesquisa em educação,
ao se dedicar a pesquisar com e não sobre a escola. Nessa esteira, a pesquisa foi
construída a partir de encontros com alunos egressos da escola possibilitando a
produção da materialidade empírica analisada (narrativas dos alunos; desenhos;
cartazes; etc). Durante o exercício analítico foi possível compreender que os
significados desses sujeitos sobre essa escola estão atravessados por sentimentos
que resultam das vivências experienciadas consigo e com os outros, que apontam
gratidão; encantamento por esse espaço que se revela permeado pelo “princípio do
amor” e que cultiva o “princípio da igualdade” (KOHAN, 2019); segurança; conforto;
admiração, respeito e apreço por esse lugar e pelos outros sujeitos que ali estão;
percepção da inclusão operando como princípio a todos os sujeitos; ideia de
superação para consigo, com os outros e a escola; e o sentimento de que esse espaço
poderia ter feito ainda mais por todos. Trata-se de uma escola que procura
potencializar as existências que a atravessam, compreendendo que as relações que
nela se forjam não deveriam ser centralizadas em uma lógica hierárquica vertical.
Ninguém é menos ou mais importante, logo, as existências presentes nesse espaço
podem ganhar força de resistência diante da vida desigual e vulnerável que se constrói
para elas fora da escola.
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