Toracotomia com esofagotomia para remoção de corpo estranho esofágico em um cão
Resumo
Na rotina clínica de pequenos animais, a ocorrência de corpos estranhos (CE) no trato gastrointestinal é rotineira, principalmente em cães e gatos com hábitos alimentares não controlados e filhotes. Nos cães, a principal ocorrência trata-se de ossos e, em gatos, materiais lineares. A remoção cirúrgica é o método eficaz no tratamento dos CE esofágicos, sendo a endoscopia a técnica de eleição, porém em alguns casos, deve ser realizada a toracotomia com esofagotomia, pois apresenta os melhores resultados na resolução cirúrgica. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um canino, de dois anos de idade, da raça Labrador, que foi atendido pelo Setor de Oftalmologia e Microcirurgia do Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (HVU-UFSM) e que apresentava obstrução esofágica por corpo estranho. Após o diagnóstico e os exames complementares favoráveis, a paciente foi submetido à toracotomia com esofagotomia para a remoção do CE. Como medicações para analgesia, antiflamatório e antibiótico foram usados, respectivamente: Dipirona 25 mg/kg, TID, Cloridrato de Tramadol 4 mg/kg, TID, Meloxicam 0,1 mg/kg SID e Cefalotina 30 mg/kg BID, todos pela via intravenosa. No terceiro dia pós-cirurgia o paciente recebeu alta sem complicações. As mesmas medicações foram prescritas para uso em casa, somente trocado o antibiótico para Cefalexina 30mg/kg, todos por via oral. A abordagem cirúrgica escolhida para o tratamento foi indicada pelo tamanho e localização do CE no esôfago. Assim, conclui-se que a utilização desta técnica proporciona a remoção com a visualização da viabilidade das camadas esofàgias e mostra resultados excelentes com retorno as atividades de rotinas.
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