Fauna e sazonalidade de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) em área de transmissão de leishmaniose na região central do estado do Rio Grande do Sul, Brasil
Fecha
2023-03-03Primeiro membro da banca
Botton, Sônia de Avila
Segundo membro da banca
Vasconcellos, Jaíne Soares de Paula
Terceiro membro da banca
Dalla Rosa, Luciana
Quarto membro da banca
Gressler, Lucas Trevisan
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Os flebotomíneos são insetos da Ordem Diptera, Família Psychodidae e Subfamília
Phlebotominae, que incluem alguns gêneros de insetos hematófagos capazes de transmitir
protozoários do gênero Leishmania que causam leishmaniose visceral humana (LVH),
leishmaniose visceral canina (LVC) e leishmaniose tegumentar americana (LTA). Em Santa
Maria, na região central do estado do Rio Grande do Sul (RS), é registrada a ocorrência da
LVC desde 1985. No entanto, foi a partir de 2017 que houve um aumento na incidência dessa
doença. Já em 2021 foram registrados dois casos autóctones de LVH, e o município passou a
ser considerado área de transmissão da doença. O objetivo deste estudo foi identificar a fauna
de vetores que podem estar envolvidos na transmissão da LVC e LVH, além de realizar testes
moleculares para detectar a presença de Leishmania spp. nos insetos. Para isso, no período de
janeiro de 2021 a dezembro de 2022, armadilhas luminosas modificadas do modelo CDC
(Centers for Disease Control) foram instaladas em três bairros da cidade, onde casos de LVC
foram relatados anteriormente. Das 89 coletas realizadas foram capturados 119 flebotomíneos
pertencentes a cinco espécies: Pintomyia fischeri (76/119, 63,86%), Migonemyia migonei
(23/119, 19,33%), Lutzomyia longipalpis (16/119, 13,45%), Brumptomyia sp. (2/119, 1,68%)
e Psathyromyia lanei (2/119, 1,68%). A maioria dos exemplares foram capturados nos meses
de fevereiro a abril de 2021 e 2022. Todos os pontos de coleta possuíam condições favoráveis
ao encontro dos flebotomíneos, como matéria orgânica, sombreamento e fonte alimentar em
abundância. Todas as fêmeas foram testadas pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e
foram negativas para Leishmania spp. Relatamos pela primeira vez a presença do principal
vetor transmissor do agente na região central do Rio Grande do Sul, Lu. longipalpis, além de
outras espécies. Embora o DNA de Leishmania spp. não tenha sido detectado, esses
resultados reforçam a necessidade da implementação de medidas para diminuir a proliferação
desses insetos.
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