Aspectos clínicos e laboratoriais de doenças víricas, parasitológicas e bacterianas que acometem cães
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Fecha
2023-03-10Primeiro membro da banca
Cargnelutti, Juliana Felipetto
Segundo membro da banca
Masuda, Eduardo Kenji
Terceiro membro da banca
Camillo, Giovana
Quarto membro da banca
Bräunig, Patrícia
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Doenças infecciosas de cães são causadas por diversos patógenos virais, bacterianos e parasitários. Muitos desses agentes possuem distribuição mundial e rápida disseminação, e também podem ser transmitidos ao homem, impactando significativamente na saúde pública. Muitos agentes causam sinais clínicos semelhantes que dificultam o diagnóstico e, embora muitas vezes não se investigue, é comum a ocorrência de coinfecções que podem agravar o quadro clínico e dificultar o tratamento dos animais afetados. Além disso, os cães são considerados reservatórios e importantes indicadores epidemiológicos de diversas doenças. Por isso, objetivo dessa tese foi investigar a ocorrência de infecções e coinfecções de cães por protozoários, vírus e bactérias no sul do Brasil, bem como determinar a soroprevalência para Toxoplasma gondii na população de cães de Santa Maria. No capítulo 1, relatamos uma infecção natural por Trypanosoma cruzi em um cão de 2 meses de idade, com apatia, anorexia, diarreia, palidez das mucosas e hipoglicemia de um canil de Porto Alegre. No esfregaço sanguíneo foram visualizadas alterações compatíveis com infecção por Trypanosoma spp. e o DNA do T. cruzi foi detectado por PCR no miocárdio. Evidenciando a importância do conhecimento dos médicos veterinários sobre a infecção por T. cruzi em cães na região, e o potencial papel dos cães como reservatórios desse parasito para humanos. No capítulo 2, analisamos a frequência de detecção de anticorpos anti-T.gondii em soro de cães de Santa Maria, antes e depois do surto de toxoplasmose em humanos ocorrido em 2018, pela técnica de imunofluorescência indireta (RIFI). Notamos um aumento na soroprevalência após o surto, indicando que os cães também foram afetados no surto, provavelmente devido à ingestão de água contaminada, conforme ocorreu na população humana. No capítulo 3 é descrita no Sul do Brasil, a coinfecção de circovírus canino (CanineCV) e vírus da cinomose canina (CDV) em um cão de 3 meses de idade apresentando lesões patológicas compatíveis com doença induzida por CDV. Assim, verificamos a presença de CanineCV em coinfecções virais em doenças multissistêmicas e destacamos a sua circulação em cães no Brasil. E no capítulo 4, descrevemos os achados clínicos e laboratoriais de infecções simples e mistas em amostras de fezes e de fragmentos intestinais de 76 cães do sul do Brasil, com histórico de enterite severa. Por meio da histopatologia e dos testes moleculares, o Protoparvovírus carnívoro 1 (CPV) foi o patógeno mais frequentemente detectado tanto nas infecções únicas como nas mistas, seguido de Giardia sp., Cryptosporidium spp., e Clostridium perfringens A. Demonstrando a diversidade de microrganismos envolvidos em infecções intestinais de cães no sul do Brasil, especialmente em coinfecções. Em conjunto, esses quatro trabalhos destacam a importância de investir em testes laboratoriais para obter o diagnóstico definitivo de doenças infecciosas de cães, e demonstram os principais agentes infecciosos que estão circulando nesses animais no sul do Brasil. Dessa forma, os resultados dessa tese podem contribuir para o diagnóstico e o planejamento de medidas de controle de importantes doenças infecciosas de cães da região de estudo, bem como de agentes com potencial zoonótico.
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