Avaliação da viabilidade da reciclagem de lodos de estação de tratamento de esgoto (LETE) e casca de arroz (CA) para a produção de blocos cerâmicos
Fecha
2023-01-17Primeiro membro da banca
Brehm, Feliciane Andrade
Segundo membro da banca
Souza, Marcelo Tramontin
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O crescimento populacional está diretamente relacionado ao aumento do consumo de recursos naturais e a
geração de resíduos resultantes de ações humanas, dentre os quais destaca-se o esgoto que é uma mistura
heterogênea produzida pelo consumo da água. Após a sua geração, o esgoto é conduzido até as estações de
tratamento de esgoto (ETE), local onde ocorrem processos físicos, químicos e biológicos que promovem a
redução do seu grau de contaminação. Durante esse processo é formado um novo resíduo sólido: o lodo de
ETE, que tem como característica o elevado teor de água e matéria orgânica, assim como a possível presença
de metais pesados e microrganismos patogênicos. A crescente preocupação com o meio ambiente e com a
disposição final do lodo de ETE incentiva a busca por alternativas para a reciclagem desse resíduo para a
produção de novos materiais, visto que existe um grande custo associado ao processamento e disposição
desses lodos. A indústria de materiais cerâmicos tem grande potencial de incorporar resíduos como o lodo
de ETE e a casca de arroz devido ao elevado consumo de matérias primas, semelhança de composição dos
resíduos e as argilas e possibilidade de encapsulamento de metais pesados. Dessa forma, esse trabalho tem
como objetivo avaliar a incorporação de dois lodos de ETE individualmente com diferentes características e
casca de arroz junto a massa de argilas para a produção de blocos cerâmicos cúbicos maciços (30 × 30 × 30
mm). A produção das amostras foi executada mediante processo de conformação por extrusão. O
procedimento experimental foi dividido em duas etapas, na primeira foi avaliado o efeito da adição dos lodos
de ETEs (SS-1 e SS-2) de diferentes origens em percentuais de substituição de 0, 1, 2, 4, 6, e 10%, em peso,
para a produção de blocos. Já na segunda etapa foi avaliado o efeito da adição do lodo SS-1 (0, 2 e 6% em
peso) e casca de arroz in natura (0, 2 e 5% em volume). Foi realizado a avaliação de propriedades físicas e
mecânicas dos blocos como densidade aparente, porosidade, retração linear, resistência à compressão e
caracterização ambiental, e os valores obtidos comparados com os requisitos propostos pelas normas
brasileiras. A incorporação de lodo na mistura diminuiu a densidade aparente e aumentou a absorção de água.
Propriedades como a resistência à compressão e retração não foram afetadas significamente e atenderem aos
requisitos das normas brasileiras, além disso vários metais antes solubilizados foram encapsulados na matriz
cerâmica após a queima. Já a casca de arroz também afeta algumas propriedades e age como formadora de
poros dentro da cerâmica, e também contribui para a redução da retração linear. Os resultados experimentais
indicam a viabilidade de reciclagem do lodo de ETE e casca de arroz in natura para a produção de blocos de
cerâmica extrudados.
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