Influência da fragmentação de habitats no fluxo gênico e estrutura cromossômica de espécies de anuros do bioma Mata Atlântica no sul do Brasil
Fecha
2022-09-21Primeiro membro da banca
Robe, Lizandra Jaqueline
Segundo membro da banca
Segatto, Ana Lúcia
Terceiro membro da banca
Iop, Samanta
Quarto membro da banca
Machado, Ibere
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A Mata Atlântica, é um vasto e heterogêneo bioma florestal, compreendendo cerca de 17% do
território brasileiro, com apenas 12% de área original remanescente, resultante de uma
paisagem extremamente fragmentada. A fragmentação pode ocasionar declínios e isolamentos
populacionais e, com isso, causar danos cromossômicos e afetar a estrutura e a variabilidade
genética das espécies e populações. Dentre os vertebrados, os anfíbios são o grupo taxonômico
mais ameaçado, devido suas características fisiológicas e biológicas como permeabilidade da
pele, baixa vagilidade, pequeno tamanho corpóreo, fase larval aquática, entre outros. Neste
sentido, este trabalho tem o objetivo de avaliar o impacto da fragmentação de habitat na
diversidade genética e instabilidade genômica em populações de anuros de riachos na Mata
Atlântica. As coletas foram realizadas em cinco fragmentos de diferentes tamanhos, em três
espécies (Crossodactylus schmidti, Vitreorana uranoscopa e Boana curupi) restritas a
ambientes de riachos do bioma Mata Atlântica. A hipótese inicial era que as populações
encontradas em fragmentos com menor tamanho possuem uma maior instabilidade genômica,
acumulando mais danos no DNA dos indivíduos, e menor variabilidade, comparadas as
populações dos fragmentos florestais maiores. Os nossos resultados demonstraram que mesmo
fragmentos menores, de até 4,6 hectares, podem manter populações de anfíbios específicas de
habitat, se possuírem os recursos necessários, como meio hídrico disponível. Além disso,
populações em fragmentos menores, mesmo apresentando mais danos genômicos, em alguns
casos, possuem diversidade genética considerável e podem se manter saudáveis com a
preservação da área. Quanto aos fragmentos maiores, como Unidades de Conservação, além de
manterem um maior número de indivíduos, devido a maior disponibilidade de recursos, também
realizam um papel importante nas matrizes que estão inseridas, onde servem como os principais
dispersores da variabilidade genética para as demais áreas vizinhas.
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