Resistência do solo com cultivo de erva-mate e plantas de cobertura
Visualizar/ Abrir
Data
2021-08-27Primeiro membro da banca
Kaiser, Douglas Rodrigo
Segundo membro da banca
Koppe, Ezequiel
Terceiro membro da banca
Suzuki, Luis Eduardo Akiyoshi Sanches
Quarto membro da banca
Mazurana, Michael
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O manejo inadequado nos sistemas de produção pode ocasionar a degradação dos solos, pela erosão, perda de carbono orgânico e ainda pelo processo de compactação, que é uma das principais formas de comprometer sua estrutura. A suscetibilidade do solo à degradação está relacionada com sua resistência estrutural. Diante da constante degradação dos solos ocasionada principalmente pelo uso e manejo inadequados, torna-se necessário a adoção de práticas de manejo nos sistemas produtivos que preservem a multifuncionalidade do solo, visando sua conservação, a fim de evitar a degradação e a perda da capacidade de produção. O uso de plantas de cobertura é uma estratégia de manejo amplamente utilizada para manutenção da capacidade produtiva em áreas agrícolas, especialmente pelos seus benefícios na fertilidade e possível melhoria da qualidade física do solo. Contudo, em áreas de cultivo de plantas perenes, como a erva-mate, que compreende um sistema sem mobilização do solo e de operações de tráfego reduzidas, a indicação do uso de plantas de cobertura ainda é limitado. O objetivo do estudo foi avaliar se o uso de plantas de cobertura consorciada com erva-mate (Ilex paraguariensis), em área sem mobilização do solo modifica os parâmetros físico-mecânicos que conferem maior resistência ao solo. O experimento foi implantado em 2014, e consistiu no consórcio de plantas de cobertura com a erva-mate, em delineamento de blocos ao acaso, com quatro blocos e quatro tratamentos: amendoim forrageiro (AM.F), aveia-preta + ervilhaca e feijão miúdo (AP.E.F), soja perene (SP) e vegetação espontânea (VE). No ano de 2019, amostras com estrutura preservada foram coletadas nas camadas de 1-4 cm e 10-14 cm para determinação de propriedades físico-mecânicas e permeabilidade do solo ao ar. O teor de carbono orgânico do solo foi determinado para análise de correlação com as propriedades de compressibilidade e parâmetros de resistência ao cisalhamento. A distribuição do tamanho dos agregados estáveis em água foi avaliada apenas para a camada de 1-4 cm. A resistência do solo à penetração foi determinada no campo até 30 cm de profundidade. O uso de plantas de cobertura não ocasionou alterações nos parâmetros físicos e mecânicos em relação à vegetação espontânea. É válido destacar que as plantas de cobertura estão estabelecidas há cinco anos, tempo que pode ser insuficiente para promover alterações significativas nestes parâmetros. Os valores dos índices DMP e DMG foram altos (> 2 mm) para todas as coberturas avaliadas, indicando estabilidade estrutural dos agregados neste sistema. Altos valores de resistência foram observados por meio dos parâmetros mecânicos. Essa maior resistência do solo não comprometeu sua funcionalidade, como observada pela avaliação da permeabilidade ao ar, a qual resultou em valores apropriados para todos os tratamentos, nas duas camadas avaliadas. Neste sistema, as plantas de cobertura e a vegetação espontânea proporcionaram melhorias no solo, principalmente relacionadas a sua estrutura. Com isso, condições estruturais mais adequadas são estabelecidas para favorecer a produção da cultura perene. Assim, a funcionalidade do solo é mantida em sistemas sem revolvimento associado ao uso de cobertura vegetal, permitindo conciliar a produção com a preservação ambiental.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: