Sintomas de depressão, ansiedade, estresse e estresse pós-traumático em profissionais de saúde do Brasil durante a pandemia de COVID-19.
Fecha
2022-11-10Primeiro coorientador
Calegaro, Vítor Crestani
Primeiro membro da banca
Pavão, Silvia Maria de Oliveira
Segundo membro da banca
Crippa, José Alexandre de Souza
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
INTRODUÇÃO: Os primeiros reportes da COVID-19 ocorreram na China em 2019. O surto
disseminou-se, progressiva e exponencialmente, e espalhou-se pelos cinco continentes, tornando-se o
maior surto de pneumonia atípica desde a síndrome respiratória aguda grave (SARS) observado em
2003, assumindo em 2020 o status de pandemia. Surtos globais anteriores mostraram que doenças
caracterizadas por grande poder de contágio, morbidade e mortalidade trazem significativo risco
psicossocial e à saúde mental. Alterações no funcionamento habitual da sociedade geram sentimentos
de ansiedade, angústia, incerteza e medo. A sobrecarga emocional decorrente das medidas de mitigação,
como isolamento social e quarentena, é frequentemente negligenciada. É fundamental estudar o
fenômeno de epidemias para projetar implicações em saúde mental individual e coletiva. OBJETIVO:
Estudar a associação estatística entre características sociodemográficas da população de profissionais
de saúde do Brasil e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e afetividade negativa, nos domínios
de depressão, ansiedade e estresse, durante a pandemia COVID19. MÉTODO: estudo transversal
realizado através do preenchimento das escalas DASS21 e PCL-5, auto-aplicadas via web. A análise
estatística foi feita com SPSS. RESULTADOS: Amostra final de 479 casos. PCL-5 (n = 465): Normal
386 (83,0%), Provável TEPT 79 (17,0%). DASS-21 (n = 479) - Depressão: Normal 242 (50,5%), Leve
65 (13,6%), Moderado 96 (20,0%), Grave 34 (7,1%), Muito grave 42 (8,8%); - Ansiedade: Normal 272
(56,8%), Leve 23 (4,8%), Moderado 81 (16,9%),Grave 43 (9,0%), Muito grave 60 (12,5%); - Estresse:
Normal 245 (51,1%), Leve 63 (13,2%), Moderado 75 (15,7%), Grave 56 (11,7%), Muito grave 40
(8,4%). CONCLUSÃO: Obteve-se dados precoces e robustos da população de profissionais de saúde
do sul do Brasil, com limitação de extrapolação dos resultados para outras regiões. Observa-se 49,5%
da população com sintomas de depressão, 43,2% com sintomas de ansiedade, 48,9% com sintomas de
estresse e 17% com diagnóstico provisório de TEPT. Características sociodemográficas de renda, carga
horária e ambiente de trabalho, escolaridade, uso de substâncias psicoativas relacionam-se com
alterações negativas para sintomas afetivos, nos domínios de depressão, ansiedade e estresse.
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