Uso de motores elétricos em semeadoras como ferramenta para o aumento da produtividade em ambientes de agricultura de precisão
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Data
2023-03-09Primeiro membro da banca
Marini, Vinicius Kaster
Segundo membro da banca
Rosa, David Peres da
Metadata
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A Agricultura de Precisão já é uma realidade e a adoção desta prática no meio agrícola torna-se indispensável quando se trata do manejo sustentável, considerando a “fonte certa”, a “dose certa”, o “local certo” e o “momento certo” na busca pelo aumento da produtividade na mesma unidade de área, além da redução dos custos de produção com o menor impacto ambiental possível. Neste contexto, a utilização de motores elétricos em semeadoras objetiva aumentar a eficiência dos mecanismos dosadores com a eliminação da transmissão mecânica, sendo avaliada a interferência da fonte de transmissão no potencial produtivo da cultura. Com a aplicação desta tecnologia, é possível agregar funções capazes de determinar a correta aplicação, em quantidades e localização, de insumos de acordo com os preceitos da Agricultura de Precisão. No ARTIGO I, ficou evidenciado que o uso dos motores elétricos proporcionou a redução do Coeficiente de Variação na distribuição longitudinal das sementes, das falhas, além do aumento do número de plantas aceitáveis para as variáveis analisadas, sendo que o incremento médio de produtividade foi de 335 kg ha-1. Além disso, na avaliação da função da compensação do número de sementes em curvas, este recurso garantiu a distribuição de sementes na mesma distância entre as linhas da semeadora, estabilizando a produtividade na mesma passada de semeadura. A pesquisa evidenciou um incremento de produtividade na ordem de 13,3% superior à não utilização da função (compensação de curvas). O resultado das análises apontou, na média, incremento de produtividade de 276,5 kg ha-1 para os motores elétricos, convertido em R$ 829,50 por hectare. O ARTIGO II mostrou que a aplicação de sementes em taxa variável, além de pôr em prática os preceitos de Agricultura de Precisão, isto é, intervenção localizada levando em consideração a variabilidade espacial e temporal, respeita as limitações e as potencialidades presentes nos diferentes pontos do talhão, assumindo que o mesmo não é homogêneo. A pesquisa foi realizada com duas cultivares de soja (TMG 7062 e BMX ZEUS) em dois talhões distintos na safra 2020/2021. Variaram-se cinco populações através de motores elétricos para cada cultivar após a definição de dois ambientes de manejo denominados ZA (Alto Potencial Produtivo) e ZB (Baixo Potencial Produtivo), objetivando demonstrar resultados de produtividade para as diferentes prescrições e ambientes. Os resultados evidenciaram ganhos de produtividade em ambas as cultivares para os ambientes ZA em relação aos ambientes ZB. Dentro dos próprios ambientes, houve diferença de produtividade para as diferentes taxas prescritas, sendo que em ZB a produtividade correspondeu positivamente aos incrementos de taxas, enquanto em ZA a correlação foi negativa. Conclui-se que a adoção da taxa variável de sementes é uma excelente ferramenta de manejo localizado para auxiliar na busca de altos índices de produtividade, sendo que, para as condições da pesquisa, o ajuste adequado de população poderia trazer um retorno financeiro médio de R$ 349,00. Além disso, o melhor ajuste de população para ZA e ZB, de acordo com a definição de cada ambiente, mostrou-se uma excelente prática na busca dos melhores índices de produtividade.
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